Moradores protestam pela retomada das obras entre a Vila da Glória e Itapoá

A estrada que liga a Vila da Glória, bairro da parte continental de São Francisco do Sul, a Itapoá, no Norte de Santa Catarina, será parcialmente bloqueada por quatro horas no próximo sábado.

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Cansados de enfrentar os buracos e a demora da obra de asfaltamento da rodovia, que faz parte do projeto Costa do Encanto, os moradores decidiram fazer um protesto e paralisar o trânsito no local.

Eles também devem conversar com os motoristas e chamar a atenção das autoridades para a situação da rodovia. O trânsito deve ser fechado por alguns minutos, enquanto os moradores conversam com os motoristas e, em seguida, liberado.

– Não tem condições de trafegar ali. A gente quer fechar o trânsito das 11h às 15 horas porque é preciso que a obra seja retomada. É a nossa única via de acesso – diz Taís Ledoux, uma das moradoras da região.

O pior trecho está entre a Vila da Glória e a zona urbana de Itapoá. São cerca de doze quilômetros que ficaram sem asfalto e com obras paradas. Nos dias de chuva, buracos são abertos em praticamente todo o trecho.

Onde o solo é mais mole, há erosão e valas ficam cobertas pela água durante vários dias. Como a obra não está sinalizada, os moradores consideram arriscado trafegar à noite, já que muitas galerias abertas pelas máquinas continuam expostas ao lado da estrada.

A pavimentação foi paralisada no começo de 2015 porque foram encontrados dois sambaquis durante os trabalhos.

As máquinas foram impedidas de continuar operando até que o governo do Estado não garantisse que os sítios arqueológicos seriam preservados. Uma empresa de Joinville foi contratada para fazer um levantamento e projetar uma solução.

No início de 2016, um novo entrave partiu do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que atendeu ao Ministério Público Federal e mandou suspender as licenças dadas pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma) para as obras da Costa do Encanto.

A Justiça Federal também determinou que fosse realizado um estudo de impacto ambiental e a emissão de um relatório de impacto ambiental (EIA-Rima), documento que teria de ser feito por meio do Ibama, que é federal.

O protesto será realizado mesmo com chuva.