Cerca de 40 pessoas das ocupações de moradia Machado e Êxodo, no Morro do Meio, em Joinville, protestaram na prefeitura na última terça-feira (25) após cortes de energia elétrica em ligações clandestinas. Quase 300 famílias moram nos locais. O ato foi noticiado pela NSC TV.
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O grupo pede a regularização fundiária das casas, que legaliza as moradias e a divisão de lotes. Desta forma, a população tem acesso aos serviços básicos, como água, luz e outros serviços públicos.
— Todo mundo quer pagar luz, quer ter um terreno. Não estamos negando pagar — afirma a moradora Angelica Silva.
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Ane Karoline, outra moradora da região, diz que precisa de energia elétrica para cuidar do filho cadeirante, com paralisia cerebral. Além de outras pessoas terem necessidades de saúde.
— O básico do básico é ter energia e água. Tem outras pessoas com diabetes, precisam de insulina refrigerada. Um outro senhor acamado que precisa de oxigênio e medicação refrigerada — ressalta.
Horas após a reunião com a prefeitura, os moradores religaram a energia elétrica clandestina, sem equipamentos de segurança. Uma barricada chegou a ser montada pelos moradores para evitar novos cortes realizados pela Celesc, porém equipes da empresa e nem a polícia retornou ao local.

De acordo com Tereza Couto, diretora-executiva da secretaria de Habitação, uma nova reunião com os moradores deve acontecer na semana que vem, entretanto, destaca que os trâmites devem ser respeitados.
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— A lei traz todos os processos que têm que acontecer dentro da regularização fundiária. A gente tem que começar com um levantamento topográfico, fazer projetos, a parte social dos cadastrados das famílias, as rendas. Não tem como encurtar esse processo porque é editado por uma lei federal e devemos seguir os ritos legais — afirma.
Nos últimos dois anos, cerca de 2,5 mil lotes foram legalizados em Joinville.
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