Moradores do bairro Espinheiros, em Joinville, realizaram uma manifestação na manhã deste sábado para protestar contra os problemas causados pelo mau funcionamento da estação de tratamento de esgoto, localizada na rua José Silveira Lopes.
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Eles estão revoltados com o mau cheiro que toma conta das ruas e obriga muitos moradores a manterem as casas fechadas. Outro problema é que o esgoto está invadindo as residências pelo ralo, vaso e pia, causando incômodos para quem mora próximo à estação.
Morador do local há mais de 15 anos, o aposentado Pedro Freitas, afirma que o problema sempre existiu, mas que piorou nos últimos meses.
– Faz muito tempo que a gente sente o mau cheiro, mas há três meses a situação piorou. Não está funcionando direito – diz, segurando uma garrafa com a água escura que sai da tubulação.
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Outra queixa dos moradores é a falta de manutenção do local, que estaria sem funcionários.
– A empresa terceirizada que cuidava da estação foi embora, porque o contrato chegou ao fim. Desde então, só um vigilante trabalha aqui – afirmou o funcionário público Everaldo Simões.
Segundo ele, não é a primeira que os moradores protestam. Inclusive, ele protocolou, na segunda-feira, uma queixa junto ao Ministério Público. Mas os moradores pedem a suspensão do pagamento da taxa de tratamento de esgoto até que o problema seja resolvido.
Vanda Paiva é moradora do local há 14 anos e, nos últimos três, é coordenadora de uma casa de acolhimento que trata 35 pessoas, entre elas, pessoas com problemas graves de saúde. Ela paga mais de R$ 200 somente de taxa.
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– O esgoto volta pelo vaso sanitário. Sem contar o mau cheiro. A gente paga a conta e recebe esse tipo de coisa – reclama.
No final da manhã, técnicos da Companhia Águas de Joinville estiveram no local para conversar com os moradores. A coordenadora das estações de tratamento de esgoto Grasiela Breis afirmou que existem falhas no projeto da estação, mas que elas serão regularizadas.
– Nós sabemos que existem falhas no projeto e que, quando chove, principalmente, a estação não consegue dar vazão a este grande volume de água. Mas nós já estamos trabalhando para fazer as adequações necessárias – explicou a coordenadora.
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Sobre a isenção da cobrança, Grasiela afirma que vai levar a questão para a presidência da Companhia.