Moradores da Vila da Glória, em São Francisco do Sul, realizaram um protesto no final da manhã e início da tarde deste sábado para reivindicar agilidade no processo de liberação das obras de pavimentação da estrada que liga a comunidade de Vila da Glória até Itapoá.

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A obra foi executada parcialmente e está parada desde o ano passado, causando transtorno e insegurança, explica a moradora Thaísi Cardoso Ledoux, uma das organizadoras do movimento que conseguiu reunir 400 assinaturas neste sábado. As assinaturas vão acompanhar a carta de pedido de ajuda a ser dirigida ao governador Raimundo Colombo.

De acordo com o Deinfra, a obra foi paralisada no dia 1º de setembro de 2015 por um embargo judicial que atendia ao pedido do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O órgão solicitava o salvamento dos sítios arqueológicos encontrados na região, ao longo da via.

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Depois que o Deinfra contratou empresa para fazer o projeto e o salvamento, além de uma arqueóloga do Iphan para acompanhar o trabalho, no dia 5 de abril deste ano a obra foi reiniciada. Porém, no mesmo mês, houve o pedido de renovação das licenças ambientais e elas não puderem ser emitidas porque a Justiça Federal determinou paralisação de todas as obras do chamado projeto “Costa do Encanto”, da qual a estrada faz parte.

A determinação judicial exige estudos complementares como o EIA/Rima para quatro obras, as demais estão concluídas com exceção da Estrada da Jaca, o trecho do projeto que está gerando protesto dos moradores de São Francisco do Sul.

– A Procuradoria Geral do Estado e o jurídico do Deinfra irão recorrer da decisão. Não é possível falar de prazos, mas poderá levar um ano – estimou o Deinfra em nota.

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Quando a obra foi contratada, o valor era de R$ 20.884.758,65, com as correções aumentou mais R$ 3.466.514,12, segundo o Deinfra.

Dos 14,9 quilômetros da Estrada da Jaca, 5,8 quilômetros foram pavimentados e em 12,5 quilômetros houve apenas a terraplenagem que está se deteriorando e prejudicando o trânsito no local. Restam pouco mais de dois quilômetros onde não houve qualquer intervenção.

– Há galerias abertas, poste no meio da rua, falta sinalização e dependemos deste acesso para ir a Garuva e Itapoá – desabafa a moradora.

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