Há cerca de um mês, quando uma forte chuva caiu na noite de uma sexta-feira, Leonice Ferreira, de 28 anos, premeditou que a casa de sua família poderia ficar em risco. Moradora da rua Francisco Pereira Silva, no bairro Colônia Santana, em São José, ela notou, no sábado pela manhã, que rachaduras haviam se formado num barranco que fica em frente à sua casa.
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A via passa por obras de pavimentação com lajotas e um muro de contenção com pedras chegou a ser construído para evitar deslizamento de terra. Mas uma parte nos fundos da casa da família não foi beneficiada pela proteção e a terra deslizou com a tempestade que voltou a ocorrer no sábado. Duas casas podem ser atingidas, caso a terra volte a desbarrancar.
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— O muro de contenção foi construído só até uma parte. Estamos pedindo a ampliação do muro, para evitar deslizamento deste lado — explicou o marido de Leonice, o mecânico Ruanito Carlos da Silva, 34.
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— A terra começou a deslizar depois que começaram a fazer a obra na rua. Vieram com máquina pesada, mexeram na terra para fazer o muro de contenção. Quando choveu forte, eu notei que a terra começou a rachar. No dia seguinte a chuva não parou e deslizou mais. Estamos com medo de que na próxima chuva, mais terra deslize e atinja a casa — complementou Leonice.
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O casal procurou a Secretaria de Infraestrutura de São José e ouviram que o problema seria sanado, mas que era preciso aguardar a vinda de mais dinheiro para a ampliação do muro de contenção na rua. Chamaram também a Defesa Civil, que emitiu um laudo, segundo eles, atestando que a casa deles e do vizinho corria risco.
— Chegaram até dizer que poderiam interditar a cozinha da nossa casa _ revelou Leonice.
Sem previsão
De acordo com a Secretaria de Infraestrutura, o caso é acompanhado pelo órgão, as famílias estão sendo atendidas, e a ampliação do muro será feita. A Rua Francisco Pereira da Silva passa por obras pelo PAC Mobilidade, como pavimentação e drenagem, e o repasse para a adequação precisa ser aprovado pela Caixa Econômica Federal.
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O projeto de ampliação do muro já foi realizado e entregue à CEF, de acordo com a assessoria da Prefeitura de São José. Mas ainda não há um prazo para o dinheiro ser encaminhado e a obra andar.
— Mas neste período pode chover. Como é que fica? Não vamos nem conseguir dormir — reflete Leonice, mãe de um pequeno de apenas 11 meses.
