Mais de quatro meses após a enchente que assustou os moradores do Vale do Itapocu, um trecho afetado pela cheia ainda não teve solução. A rodovia JGS 080 – Joaquim Pincegher, rua que dá acesso à localidade de Vila Machado, em Nereu Ramos, continua com o problema que foi causado pela força das águas. O rio Itapocu, que fica ao lado da estrada, invadiu a via, arrastando consigo parte da estrada de terra. A rua, que era reta, agora tem um declive e curvas, consideradas perigosas pelos moradores e profissionais que precisam passar pelo local.
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Os agentes comunitários Anderson Ricardo Pisetta e Gisele Aparecida Morriesen dos Santos escutam dos moradores os relatos constantes de insatisfação. Ela passa diariamente pela via para as visitas à localidade. Ele vive um pouco antes do trecho mais afetado, mas vê outros problemas na estrada, como uma ponte na qual as cabeceiras estão começando a se desgastar.
– Os ônibus e os caminhões passam rápido, e acaba sendo perigoso, pela curva que se formou à beira do rio – conta Anderson.
– Queremos o alargamento da via e uma contenção, além do reparo no nível da pista. Há previsão de temporais para os próximos meses e dá medo pensar o que pode ocorrer se uma nova cheia atingir a rua – completa Gisele.
Em junho, a Vila Machado ficou sem acesso por quase uma semana. Sem luz ou água, os moradores sentiram os efeitos do fenômeno e, agora, temem que a situação se repita. Os estudantes da localidade também foram afetados, já que a Escola Dom Pio de Freitas não era acessível. Passando pela via de motocicleta, a diretora da unidade, Bernadete da Silva, une-se ao coro.
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– Passo aqui de três a quatro vezes por dia. Esse trecho está péssimo. Agora, tenho que ir bem devagar, porque se bobear caio mesmo – confessa.
Prefeitura promete uma nova avaliação
Florlice Sarti da Maia, moradora das proximidades, acrescenta outro problema: a falta de iluminação às margens da estrada. Os postes de energia elétrica, instalados dentro de um arrozal, também causam preocupação, tanto por serem de madeira quanto por um possível problema com sua localização. Entre os moradores, o pedido é por medidas definitivas.
O secretário de Obras da Prefeitura, Hideraldo Colle, afirma que na semana que vem deve visitar o local junto ao empresário que é dono de parte do trecho do rio. A ideia é pedir autorização para utilizar a areia para fazer a elevação da pista. Se não for possível obter a areia dali, será necessário buscá-la em ponto mais distante. Apenas após o encontro será possível dar prazos para execução da obra. Quanto à contenções, Colle afirma que não há recursos no momento.