João Carlos Ramos, de 50 anos, foi o primeiro a chegar na Escola Monsenhor Sebastião Scarzello, no bairro Itaum, na manhã deste sábado, para assinar o abaixo-assinado em prol da escola que está abandonada desde 2011, quando foi interditada pela Vigilância Sanitária.

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Ele não mora mais no bairro, mas construiu boa parte da vida ali. Ex-aluno da unidade de ensino que por muitos anos foi referência, João não se conforma com a situação em que a escola se encontra.

– Fiquei sabendo pelo jornal e vim fazer a minha parte. Fui aluno por oito anos aqui e acho muito justa a reinvindicação -, comentou.

Faixas e cartazes foram providenciadas pelo ex-aluno e filho de ex-professora, João Gaspar Rosa Filho, 34. A mãe dele, Janete de Oliveira Rosa, 66, a ex-professora Ivone Garcia Volpato, 65, e o professor Vanderlei Cardoso – que também foi aluno e deu aulas na Monsenhor – ajudaram a preparar a manifestação que iniciou às 9 horas e foi até o meio-dia.

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– Queremos que a comunidade se envolva e venha exercer seu papel de cidadão – ressaltou João Gaspar.

Várias pessoas compareceram ao movimento e registraram seu apoio pela causa com uma assinatura. Os motoristas que passavam pela movimentada rua Florianópolis também eram convidadas a participar. O trânsito não chegou a ser fechado. Os manifestantes apenas conversaram com os moradores, dependuraram faixas e organizaram uma central de recolhimento de assinaturas em frente à escola e em um espaço coberto disponibilizado por uma moradora.

As assinaturas serão entregues à Assembleia Legislativa com o objetivo de sensibilizar os deputados a não aceitarem a proposta de destinar o espaço público à Ajorpeme – entidade empresaria de Joinville. A Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) divulgou que existe a intenção de fazer a transferência para que o espaço seja utilizado para serviços sociais e incubadoras de empresas. Porém, a comunidade é contra a iniciativa e defende que a escola seja reformada e volte a receber alunos do bairro.

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