Um carro queimado, uma antiga base da Polícia Militar parcialmente destruída pelo fogo e um orelhão danificado.
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Três atos em sequência praticados durante à madrugada, no Bairro Rio Vermelho, revoltaram moradores do Norte da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis.
O fato mais preocupante envolveu uma edificação em que funcionou um posto da PM, na Rua Luiz Duarte Soares, esquina com a João Gualberto Soares.
Os relatos na região são de que pessoas invadiram o local, que está abandonado, e atearam fogo. Dentro há móveis, geladeiras e latas de tinta. Ao lado da antiga base fica a associação de moradores e a intendência do bairro.
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O incêndio só não foi de grandes proporções porque uma viatura dos Bombeiros chegou rápido. A equipe atendia no Rio Vermelho um incêndio contra um Monza estacionado num terreno na Servidão Maurílio Nunes.
– O posto fechou porque não havia efetivo de policiais. Aí virou ponto de usuários de drogas. Isso deve ter sido vandalismo de adolescente – suspeitavam moradores ouvidos pelo DC.
Ninguém foi identificado ou preso. Servidores da intendência do bairro reivindicam a reabertura do posto policial ou, se não for possível, a demolição do prédio. Eles lamentavam também a destruição de um orelhão de madrugada.
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Clima de apreensão
Os incidentes acontece em meio a um clima de preocupação e apreensão entre policiais militares na Grande Florianópolis com recentes ataques a postos da PM pelo Estado. A corporação minimiza os fatos, diz que são vandalismo e descarta ação do crime organizado.
– Temos absoluta certeza que esses fatos no Rio Vermelho são vandalismo – diz o major João Carlos Neves, subchefe da Comunicação Social da PM.
Em São José, depois que um posto no Bairro Lisboa foi atingido a tiros na noite de terça-feira, o comando do 7º Batalhão determinou que os PMs permaneçam com coletes à prova de bala no local de trabalho.
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Integrantes das polícias e agentes do sistema prisional experientes ouvidos pelo DC acreditam que os incidentes possam ser retaliação de criminosos à ação de policiais nas ruas. A tese de vingança à polícia também é compartilhada pelo professor de criminologia, Alceu de Oliveira Pinto Junior.
Além dos casos no Rio Vermelho e no Lisboa, nos últimos dias houve tiros contra a base da PM na Vila Aparecida, em Florianópolis, incêndio contra duas bases da PM em Chapecó, uma viatura queimada em Itajaí e outra parcialmente em São José.