Com faixas e cartazes, moradores do bairro Petrópolis, na zona Sul de Joinville, interromperam o trânsito na quarta-feira e protestaram durante quase uma hora por causa da morte de uma criança de nove anos na primeira semana de outubro.
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Quase cem moradores se reuniram no cruzamento entre a avenida Paulo Schroeder e a rua dos Aimorés, um dos pontos mais movimentados da região – por causa do acesso às BRs 101 e 280 – e pediram por mais segurança e sinalização no local do acidente.
A comoção tomou conta dos moradores quando, no dia 3, o pequeno Nicholas Vieira saía de uma escola e foi atropelado por um veículo. Ele chegou a ser atendido pelos bombeiros voluntários e pelo Serviço Móvel de Urgência (Samu). O helicóptero Águia da Polícia Militar o levou em estado grave ao Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, mas o menino não resistiu aos ferimentos e morreu na manhã do dia 4.
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Segundo Álvaro Vicente, um dos integrantes da Associação de Moradores do Bairro Petrópolis, a luta da comunidade por semáforos e faixas na avenida é antiga. Ele explica que, no ano passado, um novo semáforo até foi instalado em frente à Escola Gertrudes Benta Costa, mas o bairro ainda enfrenta a insegurança no trânsito em outros trechos da avenida.
– Os motoristas simplesmente esquecem que existem ruas paralelas e uma população inteira que vive às margens dessa avenida. Temos escolas, postos de saúde, restaurantes. Não é possível que tenhamos que assistir nossas crianças morrendo por irresponsabilidade dessas pessoas – disse Marlon Trieches, um dos manifestantes que, emocionado, segurava um dos cartazes com fotos de Nicholas.
Medo nos horários de pico
Por volta das 18 horas, a comunidade fez um círculo no centro do cruzamento, impedindo o fluxo de veículos em todos os sentidos por cerca de uma hora. A manifestação contou com apoio da Polícia Militar e da Guarda Municipal, que ajudaram a controlar o trânsito, que é intenso no final da tarde.
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Nilva Rezende, que mora próximo ao local do acidente que matou Nicholas, conta que diariamente se encarrega de levar e buscar as duas netas na Escola Gertrudes Benta Costa.
– Mesmo que elas já não sejam tão novas, não consigo confiar no trânsito daqui. É uma dificuldade tremenda para atravessar, principalmente nos horários de pico. Ninguém para, ninguém reduz – desabafou.