Os moradores e comerciantes do bairro Estreito, região continental de Florianópolis, têm sofrido com as ocorrências de furtos e roubos no local. Desde o início do ano, 148 ocorrências desse tipo foram registradas — uma média de uma por dia.
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Nesta quarta-feira (25), donos de estabelecimentos que foram ouvidos pela equipe do Jornal do Almoço, da NSC TV, relataram que diariamente há casos ligados a furtos e roubos na região.
— Todo dia acontece. Ontem [terça-feira], em uma loja de celulares, entraram pelo teto. Anteontem [segunda] foi uma loja do polo moveleiro que teve a sua fechadura arrombada. Se eu for contar, todo dia tem uma história. Uma história triste — relata o presidente da Associação Amigos do Estreito, Édio Fernandes.
O dono de uma padaria do bairro ressalta que certos comportamentos se repetem com frequência.
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— Quase todos os dias eles entram, dão uma volta, olham, furtam e saem correndo… Esse é um problema generalizado no Estreito, todo mundo está sofrendo com essa situação — afirma o empresário Celso Martins.
Segundo os comerciantes, o problema ultrapassa os estabelecimentos e atinge também as residências do bairro.
— Essa semana roubaram uma casinha que tinha acabado de ser reformada aqui perto. Isso traz prejuízo para o comércio, pra gente e traz insegurança. Os clientes também às vezes deixam de frenquentar os estabelecimentos por causa dessas situações — pontua Felipe Maruyama, que tem um restaurante.
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De acordo com um analista de segurança ouvido pelo Jornal do Almoço, os criminosos são predadores de oportunidades, que visam bairros tradicionais da cidade.
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— Bairros tradicionais como Estreito, Balneário e Coqueiros têm uma população importante, um comércio e uma prestação de serviços muito robusta e eles atraem criminosos de fora, de outros bairros e até mesmo de outras cidades. São os predadores de oportunidade — explica o analista de segurança Eugênio Moretzsohn.
O analista ressalta que é preciso que o poder público aja em cojunto com a sociedade para garantir a segurança da população.
— Nós sabemos que as políticas públicas, notadamente as de educação e as de investimento em geração de emprego e renda, são as que em médio e longo prazo são mais efetivas. A sociedade também tem suas obrigações e lógico que o poder público tem as dela. Ele tem que investir em policiamento ostensivo que traz para os comerciantes uma forte sensação de segurança — afirma Moretzsohn.
De acordo com o secretário de Segurança Pública de Florianópolis, Araújo Gomes, a intenção do poder público é integrar as ações para que os crimes diminuam na região.
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— Nós fizemos contatos com as polícias estaduais para intensificar as ações policiais na região. Por parte da prefeitura, nós temos um conceito chamado “choque de ordem” que nós vamos levar até aqueles bairros, principalmente o Estreito, que consiste em uma ação mais integrada, abordando questões relacionadas a pessoas em situação de rua, manutenção de vias, limpeza de alguns espaços privados que estão degradados e a ação da Guarda mais presente para evitar alguns desses crimes que acabam acontecendo principalmente de noite e de madrugada — afirma Araújo Gomes.
Sobre a presença de câmeras de segurança nas ruas do bairro, o coronel Araújo Gomes afirma que a prefeitura planeja adiquirir esses equipamentos e a região deve ser contemplada.
— A prefeitura até esse momento não estava envolvida no projeto de câmeras da cidade, mas a gente está finalizando uma iniciativa para entrar nessa área com a contratação de um número significativo de câmeras e o Estreito deve ser contemplado — explica o secretário.
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