Moradores dos Ingleses reclamam de esgoto despejado na rua

Não precisa ser morador, basta passar rapidamente pela Rua Natalino Marinho do Rego, no bairro Ingleses, em Florianópolis, para perceber que a coisa por ali não está nada boa. O cheiro de esgoto ao longo da via é insuportável. Em dias de sol forte, é pior ainda.

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Os moradores já reclamaram, fizeram abaixo-assinado, mas até o momento, nada foi feito. A origem do problema é em um prédio construído na rua, cujo esgoto está sendo despejado por um cano na calçada e, como o local tem um declive, ele escorre por toda a via, chegando a entrar em algumas casas.

De acordo com um dos moradores de lá, Valdir Corrêa, 44, o responsável pela construção do prédio já está sabendo de todo o transtorno.

– O esgoto do prédio estava sobrecarregado e voltando para dentro dos apartamentos. Pra resolver, faz um mês que puxaram o cano pra que o esgoto viesse pra rua. Quando todos os moradores dos apartamentos estão em casa, geralmente no final de tarde, o fluxo de água na calçada é maior ainda – explicou.

Além do esgoto, a caixa de gordura do condomínio está exposta e não existe uma lixeira própria para armazenar os sacos de lixo dos moradores. É tudo colocado na calçada, correndo o risco de serem rasgados e espalhar tudo pela rua, atraindo bichos e podendo causar doenças.

– As crianças não podem mais brincar na calçada, porque se elas encostam nessa água, é arriscado até pegar uma doença. E os cachorros volta e meia bebem desse esgoto – contou Valdir.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (SMDU) afirmou que uma obra na rua no nome do responsável pelo prédio em questão foi embargada em outubro de 2013. Porém, mesmo sem autorização, a construção foi finalizada e os apartamentos vendidos.

A orientação da SMDU é que, agora, os moradores terão que fazer uma denúncia por escrito, denunciando a irregularidade da edificação e entregá-la no Pró-Cidadão mais próximo. Quanto ao problema de esgoto, a Vigilância Sanitária é responsável por fazer a verificação. O órgão informou que este tipo de problema é comum na região pelo fato de não haver rede da Casan. Não informou, no entanto, se recebeu a reclamação anteriormente ou qual tipo de medida irá tomar para resolver o problema.