Pela segunda vez em uma semana, moradores dos residenciais Trentino 1 e 2, do bairro Boehmerwald, em Joinville, se reuniram com órgãos públicos em busca de soluções para os vários problemas que estão enfrentamento desde que mudaram para o novo endereço. O empreendido é o maior do Programa Minha Casa, Minha Vida – parceria entre a Prefeitura e o governo federal, beneficiando 784 famílias.
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Na Câmara de Vereadores, na tarde de quinta-feira, eles desabafaram e fizeram denúncias sobre a estrutura do prédio. O morador Arlindo da Silva Antunes disse que a falhas estruturais têm provocado vazamentos, rachaduras nas paredes e até alagamento, pois a água não tem para onde escoar.
A síndica do Trentino 1, Josiane Pereira – que assumiu o posto há sete dias -, levantou outro assunto polêmico que tomou boa parte da reunião: a segurança. Os moradores afirmaram que sofrem com o tráfico de drogas, furto nos apartamentos e ameaças de vizinhos. Ela conta que, temendo pela integridade dos filhos, algumas mães não permitem mais que as crianças brinquem na área de lazer.
Um homem, que prefere não ser identificado, disse que deixou o apartamento por algum tempo, pois recebeu ameaças do vizinho que seria usuário de drogas. Outra moradora disse que está pensando em voltar para o aluguel.
– Dizem que é o Carandiru, pois vivemos como presidiários mesmo, sem poder sair de casa porque temos medo -, argumentou uma moradora presente à audiência.
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Informações serão avaliadas
O comandante dos Bombeiros Voluntários, Heitor Ribeiro Filho, se comprometeu a verificar o projeto do residencial e providenciar uma nova vistoria. O vereador Patrício Destro, presidente da Comissão de Finanças, garantiu que procurará o Ministério Público caso os problemas estruturais sejam identificados.
Com relação à segurança, o tenente Jean Carlos Denk fez alguns esclarecimentos aos moradores e apresentou projetos da Polícia Militar que podem ajudar na prevenção. Inclusive chamou a atenção a participarem dos programas comunitários que a corporação desenvolve.
O Proerd Pais e o Conseg são alguns exemplos. Para fazer rondas dentro do residencial, é preciso que o síndico faça um ofício solicitando o serviço, pois se trata de uma propriedade privada. Até pouco tempo, a presença policial havia sido proibida em um dos residenciais, por determinação do síndico.
O secretário de Proteção Civil e Segurança Pública, Francisco da Silva, disse que vai solicitar um levantamento de boletins de ocorrência registrados. O secretário deve convocar o delegado regional da Polícia Civil, Dirceu Silveira Júnior, e o comandante da 5ª Região da PM, coronel Rogério Rodrigues, para uma reunião.
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