Muitas ruas e servidões do Rio Tavares, no sul da Ilha, são de chão batido e sofrem com buracos e poças após um longo período de chuva. Mas tem uma em particular que fica praticamente intransitável. A servidão Miguel José Vieira se transforma numa piscina natural com quase 50 metros de extensão e 40 centímetros de profundidade.
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O morador Márcio Mafra, professor aposentado de 57 anos, reclama que há anos a região é negligenciada pelo poder público. Segundo ele, quem não tem carro não consegue atravessar a rua sem se molhar todo depois que chove. A única alternativa é retirar os tênis e arriar as calças.
— A prefeitura, numa tentativa frustrada de remediar o problema, colocou no local pedras enormes e pontiagudas, algumas com mais de 30 cm de diâmetro, que já danificaram vários veículos particulares. Já foram feitos inúmeros pedidos de obras de pavimentação e drenagem.
A servidão foi aberta onde havia uma fazenda, há cerca de 30 anos, pelos descendentes do antigo proprietário. Márcio explica que devido ao relevo da região, não existem calhas naturais para escoar a água. Por isso, quando chove a rua fica com dois pontos de alagamento. Um deles foi amenizado com a abertura de uma vala de drenagem num pequeno terreno, feito pelos próprios moradores.
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O jardineiro Carlos Alberto Santos mora bem em frente a uma das piscinas que se formam na servidão. Ele teve que reconstruir a casa dele, pois a primeira sofria constantes alagamento.
— Toda vez que chovia a gente perdia tudo. A casa enchia de água. A água entrava forte aí a casa apodreceu. Mas aqui na rua continua assim. De carro eu consigo entrar, mas a pé não tem como.
A Secretaria de Infraestrutura de Florianópolis informou à reportagem que irá verificar as condições da servidão.
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Quem procurar?
Caso a sua rua também tenha problemas como a servidão Miguel José Vieira, a prefeitura informa que o morador deve procurar o setor de ouvidoria, que fica na Conselheiro Mafra, 656, no Centro. O telefone é o (48) 3251-6175. Também pode demandar pelo site da prefeitura.