Um grupo de moradores do Morro do Horário, em Florianópolis, realizou um protesto na frente da casa do governador na tarde deste domingo. O motivo, segundo eles, são as ações policiais violentas que estão acontecendo no morro desde a morte do policial militar Vinícius Alexandre Gonçalves, 31 anos, atingindo por um tiro por volta da 0h de sexta durante uma operação na comunidade.
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O grupo desceu o morro segurando cartazes e gritando palavras de ordem. De acordo com Danilo Novais, vice-presidente da Associação de Moradores, policiais estão entrando na casa dos moradores sem mandado de busca para vasculhar em busca de armas e drogas, agindo com violência em frente à mulheres e crianças, pessoas que não estão relacionadas ao tráfico de drogas.
— Tem morador chegando em casa do trabalho e encontrando a casa toda vasculhada. A comunidade está sendo oprimida, pressionada para dizer quem matou o policial, pessoas de bem estão sofrendo truculência — relatou.
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No dia seguinte a morte do Vinicius, um homem de 22 anos, identificado como Lucas Luiz Martinez de Almeida, foi morto durante as buscas pelo suspeito de atirar contra o policial. Outro homem, André Luiz de Oliveira, que foi reconhecido por outro policial como autor do disparo, também ficou ferido em uma troca de tiros e foi preso.
Segundo o tenente-coronel Marcelo Pontes, comandante do 4º Batalhão, a polícia está agindo dentro da legalidade, e qualquer ato que a comunidade entenda ser irregular poderá ser denunciado para a corregedoria:
— Não entendo essa reação, estamos lá justamente para dar paz, para dar segurança. Vamos continuar fazendo operações no morro em busca de armas, temos informações da inteligência e continuaremos lá — afirmou.
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