Quando você sai para passear com seu cachorro, costuma levar um saquinho ou nem pensa nisso? Pelo que se vê nas calçadas de vários bairros da Grande Florianópolis, infelizmente nem todas as pessoas têm o hábito de recolher o cocô dos seus animais, e as desculpas para não fazer isso são as mais variadas, desde falta de tempo, esquecimento, até argumentos sem sentido, como dizer que as fezes servem de adubo para as plantas.

Continua depois da publicidade

Leia mais notícias da Grande Florianópolis

Apesar da superstição de que pisar no cocô é sinal do sorte, ninguém gosta de passar pela desagradável situação de ter os sapatos “premiados” e espalhar aquele cheiro por onde anda. Cansados de esperar pela boa educação, o porteiro e a moradora de um prédio no Itacorubi, em Florianópolis, resolveram fazer a parte deles, mostrando que pequenas atitudes podem fazer a diferença. A iniciativa veio da petsitter Silvia Pessoa, que copiou uma ideia simples que viu no bairro Cacupé.

Sílvia pegou uma garrafa pet de cinco litros, cortou uma parte para fixar fios e grudou no poste de cabeça para baixo, com dezenas de saquinhos plásticos dentro. Colada na garrafa, a mensagem: ” Esqueceu o saquinho? Pegue aqui ou colabore deixando um saquinho limpo. Ajude a manter nossa calçada limpa, recolha o cocô do seu cachorro. Obrigado.”

Continua depois da publicidade

– Como eu passeio com animais, sempre recolhi, mas vejo muita gente que não faz e nesses prédios da região têm muito cachorro. Achei uma coisa tão simples de se fazer. Às vezes a gente fica esperando que o poder público faça tudo pela gente, mas podemos colaborar também – disse Sílvia.

Foto: Betina Humeres/ Agência RBS

Ao ver a atitude da petsitter, o porteiro Márcio Luiz dos Santos resolveu colocar mais um garrafa em outro poste. Semanalmente, ele abastece com as sacolas que os moradores deixam na portaria:

– Já percebi que diminuiu a quantidade de cocô na calçada. Aqui no prédio tem um moça deficiente visual que passa sozinha sempre para pegar ônibus, ficava pensando nela, pois se quem enxerga já pisa sem querer. Acho que isso influencia as pessoas a criarem consciência – comenta.

Continua depois da publicidade

Vizinhança aprovou

Pela quantidade de saquinhos que saem, Silvia acredita que a comunidade aprovou a ideia. Moradora do bairro, Juliana Gracindo de Oliveira passeia todos os dias com o lulu da pomerânia Fofuxo pela calçada. Ela conta que já tinha o hábito de levar o saquinho, mas já passou pela situação de não ter uma sacola à mão:

– Já esqueci e precisei pegar. Achei uma ótima ideia, incentiva para que todas as pessoas recolham – disse.