Luciane Elejalde do Rio, 36 anos, moradora há oito anos do bairro Aririú, em Palhoça, levou um susto na tarde da última terça-feira. Encontrou uma colmeia de abelhas instalada na caixa do aparelho de som do marido, que fica numa área de lazer ao lado de sua casa. Ela surgiu de um dia para o outro.

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— Eu notei a presença de algumas abelhas na segunda-feira na região da minha casa. Quando fui ver, na terça, havia centenas delas na caixa de som. Corri e me prendi com meu filho, de três anos, dentro de casa e dali não saí mais, até porque tenho alergia séria a picadas de insetos — contou a moradora.

O relato de Luciane não foi o único na Rua Martinho Lutero. Os moradores do local, volta e meia, estão vendo enxames de abelhas circulando pela área. Em um grupo de Whatsapp, já foi lançado o alerta para os pais cuidarem das crianças.

De acordo com o sargento Jair Seidler, dos bombeiros de Palhoça e um dos únicos da região que é socorrista e apicultor, somente nesta terça foram atendidos cinco chamados relacionados a enxames de abelhas na cidade: dois no Aririú, um no Caminho Novo, outro no Pontal e na Guarda do Cubatão. Há cerca de um mês, contou ele, um morador chegou a cutucar a colmeia por conta própria e deixou as abelhas extremamente agressivas. Cinco cães da vizinhança chegaram a morrer com as picadas.

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— As pessoas têm medo, e com razão, porque muitas são alérgicas às picadas. Mas não se deve dar uma de apicultor. Quem não tem experiência não deve mexer nas colmeias ou nos enxames. As abelhas não atacam se não forem provocadas — explicou.

Ao dar de cara com um enxame ou colmeia, a sugestão é entrar em casa ou sair dela, se estiver com muito medo. Leve junto seus animais de estimação para que nada ocorra com eles também, lembra Jair.

Passeio comum

Segundo o apicultor, entre abril, maio e junho, as rainhas (as mães das demais abelhas) saem das colmeias. Elas deixam o local um pouco antes da próxima rainha nascer. E com esta saída, cerca de 50% das abelhas da família seguem a rainha antiga. Elas precisam procurar um novo local antes do inverno.

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(Foto: Divulgação / Divulgação)

Apesar de a retirada de colmeias de abelhas não ser responsabilidade do Corpo de Bombeiros, a orientação é ligar ao 193 em caso de ataque. Se as abelhas estiverem causando risco à população, os bombeiros entram em ação. Na maioria dos casos, usam álcool e acabam eliminando as abelhas. Caso contrário, o próprio interessado (os moradores) deve contratar o serviço de um apicultor para a retirada da colmeia.

Em Palhoça, como Jean é apicultor, ele acaba realizando o serviço de retirada da “caixa” das abelhas, principalmente se elas se criam perto de casas, ou até mesmo dentro das residências.

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