Moradores de Xanxerê fecharam a BR 282 por volta das 7 horas da manhã desta sexta-feira, no trevo de acesso à SC 480. Eles reivindicam a conclusão das obras de duplicação da rodovia, no perímetro urbano do município, que estão paradas desde 2012.

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A duplicação do trecho de 14 quilômetros iniciou em 2010 sob responsabilidade da empresa CBMEI, do Paraná. A empresa executou cerca de 60% das obras e enfrentou dificuldades financeiras, inclusive com greve de funcionários. Seu contrato foi rescindido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura do Trasporte (DNIT) e uma nova licitação foi realizada.

A empresa vencedora, Técnica Viária, também do Paraná, assinou contrato no dia 30 de janeiro.Mas, segundo o vereador André Wagner, estão empenhados apenas R$ 3 milhões, quando a necessidade para terminar a obra é de R$ 39 milhões. -Queremos garantia de recursos para a conclusão pois o que já foi feito está se deteriorando- reclamou.

Wagner disse que já foram realizadas várias audiências com o DNIT e representantes do Governo Federal, sem resposta definitiva. Ele afirmou que a mobilização não tem hora para acabar. -Vamos manter fechado até termos uma resposta- disse. Apenas veículso de saúde e escolares são liberados. Cerca de 200 pessoas, representando lideranças, entidades e associações de moradores, participam do ato.

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Xanxerê, Wilson Picoli, disse que as empresas estão apoiando o ato pois a obra inacabada representa um risco para a população e um atraso ao desenvolvimento do município. -Estamos há mais de quatro anos com essa obra representando risco de acidentes- disse Picoli.

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De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual de Bom Jesus, há um desviu de 12 a 15 quilômetros de estrada de chão, pelo bairro Pinheiro, em Xanxerê, Fazenda Santo Antônio, até a 282, próximo da curva da Melancia.

A assessoria de imprensa da superintendência do DNIT em Santa Catarina informou que o órgão atendeu pedido da comunidade rescindindo contrato com a antiga empresa e fazendo uma nova licitação, incluíndo mais um quilômetro de duplicação. No entanto, como a previsão de execução da obra é de apenas seis meses, precisa ter garantidos todos os recursos, no valor de R$ 39 milhões.

Por isso a ordem de serviço somente será dada se for empenhado todo o valor ou então a obra seja inclusa no Programa de Aceleração do Crescimento, que tem recursos garantidos. A expectativa do DNIT é que a ordem de serviço seja dada em março.