Criminalização do morador de rua. Assim o secretário Alessandro Abreu, da Assistência Social de Florianópolis, explica as acusações de atos de violência em Canasvieiras. Abreu reconhece o aumento da criminalidade, mas diz que os dados das polícias mostram não serem praticados por moradores de rua, e sim por criminosos vindos principalmente do interior do Estado, do Paraná e São Paulo. Continua depois da publicidade
Diário Catarinense – Como o senhor recebe o protesto e as acusações de que outros municípios estariam trazendo moradores de rua para Canasvieiras? Secretário Alessandro Abreu – Tomamos conhecimento das denúncias e fomos ao local verificar, com a presença do Ministério Público, Polícia Militar, Guarda Municipal e pessoal da Abordagem de rua. Não conseguimos relacionar o aumento de crimes com os moradores de rua, que estão sendo criminalizados pelo grupo que fez o protesto. Continua depois da publicidade
DC – Há aumento na violência?
Abreu – Sim, mas praticada por criminosos. O último morador de rua que chegou e foi abordado está ali há seis meses. Essa situação não é social, mas de segurança.
DC – A prefeitura sabe quantos moradores de rua existem em Florianópolis?
Abreu – Temos 350 moradores. A nossa estimativa é que cheguem mais 150 na temporada. Mas nem todos são moradores de rua, tem os chamados artistas de rua, gente que vem para trabalhar. Esse é um problema, pois não aceitam ir para os programas sociais oferecidos.
DC – O município consegue dar conta dessa situação?
Abreu – Aumentamos o número de casas (três) e em 2014 teremos mais 30 a 50 vagas. Essas pessoas são na grande maioria dependentes químicos, e nós temos 90 vagas em instituições para tratamento. Continua depois da publicidade