Moradores da localidade de Garibaldi, área rural de Jaraguá do Sul, buscam uma solução para o problema da falta de água tratada na região. Cerca de 200 moradias não contam com o serviço e dependem da captação da nascente de um morro para serem abastecidas.
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Na região conhecida como Loteamento Lola, os moradores criaram um sistema improvisado com mangueiras para abastecer as moradias. O aposentado Wilfredo Goldacher, 67 anos, conta que às vezes as folhas das árvores entopem a estrutura e que ele precisa fazer a limpeza para as casas não ficarem sem água.
A nora dele, Maide Goldacher, 34 anos, diz que a água fica suja e quando chove muito e não pode ser consumida e nem usada para lavar roupas. Para evitar transtornos, algumas famílias do loteamento contam com um poço artesiano.
– Quando vim morar aqui, há três anos, já havia essa ligação de água. Estamos pensando em fazer um poço artesiano, apesar de ser caro – comenta Wilfredo.
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Morador do Garibaldi, o vereador Eugênio Juraszek (PP) conversou com o diretor-presidente do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), Ademir Izidoro, sobre a situação. Segundo ele, a preocupação é que a água cause doenças se estiver contaminada.
Além da solução improvisada criada pelos moradores, a localidade também conta com um sistema próprio para captar água da nascente do morro, construído há cerca de 20 anos. Essa estrutura abastece a Escola Santo Estevão, o posto de saúde, a Igreja Santo Estevão e dois cemitérios. O diretor da escola, Volnei de Souza, diz que todos os bebedouros da escola têm filtro e que a água utilizada na cozinha é fervida.
Em 2011, o Garibaldi ganhou uma Estação de Tratamento de Água (ETA) para abastecer as regiões mais distantes e altas da cidade, com capacidade para atender 70 mil habitantes. A estrutura custou R$ 9 milhões e foram investidos outros R$ 3 milhões na implantação de uma adutora e reforço na rede de distribuição. De acordo com Ademir Izidoro, parte dos moradores da localidade não teriam atendidos por causa dos custos de implantação.
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Segundo Izidoro, técnicos da Samae estão avaliando a vazão e a profundidade de um poço artesiano construído há cerca de dez anos para o abatedouro municipal, que nunca chegou a funcionar, e a antiga usina de leite, transformada em unidade de processamento de frutas.
O objetivo é avaliar se o poço poderia abastecer as residências que não contam com água tratada. A equipe visitou o local e agora busca informações com a Secretaria de Agricultura.