Cerca de 50 moradores das ruas José João Barcelos, Nicolau Adolfo Waschel e Monsenhor Gersino, no bairro Jarivatuba, zona Sul de Joinville, bloquearam duas ruas por mais de uma hora na tarde deste domingo. Com pneus, madeira e uma corda, eles impediram os veículos de passar pela Monsenhor Gercino e pela José João Barcelos.
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O protesto é um pedido pela volta do abastecimento de água nas ruas do bairro. Alguns moradores, especialmente das áreas mais altas, estão sem água há duas semanas.
O trânsito foi bloqueado por volta das 16 horas. A Polícia Militar ajudou os ônibus e carros a desviar por vias próximas. Mesmo assim, filas se formaram dos dois lados da Monsenhor Gercino.
– A gente pediu que mandassem caminhões-pipa ou que instalassem uma bomba para levar água para os locais mais altos, mas nada foi feito até agora – disse José Roberto Roden, um dos organizadores do movimento.
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Na casa dele não há abastecimento desde os primeiros dias de fevereiro. Moradores do Paranaguamirim e Guanabara também participaram do protesto. Uma coluna de fumaça podia ser vista a quilômetros de distância. A Polícia Militar negociou com os moradores para abrir o trânsito por volta das 17 horas.
Vários bairros da zona Sul estão enfrentando problemas nos últimos dias com o abastecimento de água. A Companhia Águas de Joinville admitiu o problema e informou que o problema e sugeriu que todos os moradores providenciem caixas d’água, o que garante uma reserva que pode durar um ou dois dias.
Segundo a Águas de Joinville, uma série de fatores está fazendo com que alguns bairros estejam passando, nos últimos dias, por desabastecimento, entre eles a falta de chuva, o calor extremo e, consequentemente, o alto consumo de água.
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A situação ficou pior no começo do ano por causa de dos rompimentos de adutoras nos dias 25 de janeiro e 3 de fevereiro e um problema elétrico na Estação de Tratamento de Água (ETA) do Cubatão no dia 1º de fevereiro. Por enquanto, não há qualquer risco de rodízio ou racionamento.
Os moradores também querem marcar uma audiência com o prefeito Udo Döhler para sugerir uma ajuda da comunidade para a solução do problema.