A duplicação da BR-280 começou em junho, mas os moradores de Jaraguá do Sul já sentem os primeiros impactos da obra de um túnel que fica em um dos morros da divisa entre a cidade, Schroeder e Guaramirim. Após uma explosão de rochas, um loteamento no bairro João Pessoa ficou sem abastecimento de água, que vem de uma cachoeira.
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Júlio César Weidner, que mora há 23 anos na localidade, conta que nunca faltou água para a comunidade, que fica próxima ao loteamento Paraíso dos Pássaros. Segundo ele, os moradores pararam de receber a água após uma explosão. A solução encontrada foi perfurar o solo para encontrar água. Cada morador pagou R$ 1,2 mil para instalação de poços artesianos.
– Para quem tem criança ou animais de criação, tem como viver sem luz, mas não sem água – conta.
A moradora Janete de Campos conta que durante os dias de explosão a água vem com uma coloração escura. Ela ficou alguns dias sem nenhuma gota d?água na torneira.
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O presidente da Associação de Moradores do bairro João Pessoa, Herlei Harmel, visitou a obra e questionou o problema. Ele afirma que uma caixa d?água que comporta cinco mil litros foi instalada em um local acima de onde ocorrem as explosões, para não contaminar o líquido.
Entretanto, o problema incomoda os moradores. No próximo sábado, a comunidade pretende organizar uma manifestação, pois o intenso tráfego de caminhões pesados também tem danificados as ruas.
Parlamentar vistoriam obras
Na última segunda-feira, foi oficializado o acompanhamento e a cobrança da duplicação da BR-280 por uma frente parlamentar mista de autoria do deputado estadual Carlos Chiodini (PMDB), na sede da Associação Comercial de Guaramirim (Aciag). Ela será composta por vereadores, deputados estaduais, federais e senadores.
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Segundo Chiodini, a ideia é promover reuniões bimestrais com material fotográfico e audiovisual para acompanhar a obra e cobrar que ela seja entregue no prazo. A próxima reunião será no início de fevereiro de 2015, em Jaraguá do Sul. As reivindicações vão compor um documento que será protocolado junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A Federação das Indústrias de SC (Fiesc) também deve participar diretamente do fórum, com um relatório semestral sobre o andamento das obras para que possa ser feito um comparativo.