Um mês depois da inauguração do primeiro sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário de Itajaí, moradores começam a se ajustar ao serviço. A partir da próxima segunda-feira, contribuintes dos bairros Praia Brava, Cabeçudas, Fazenda, Centro e de parte da Vila Operária, receberão uma cartilha de orientação com os passos para interligar corretamente o esgoto da casa à caixa de inspeção do Semasa. Todos terão um prazo de 60 dias para fazer a adequação, a partir do momento que receber o informativo.
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No material, constarão informações detalhadas sobre que fazer no momento de ligar o esgoto à rede e sobre os cuidados que se deve ter na instalação. O material será entregue nas residências por uma empresa contratada pelo Semasa.
Moradores de unidades individuais terão que desembolsar pelo pagamento da taxa de serviço R$ 209,82; enquanto para os edifícios será R$ 427,77. O valor será debitado na conta de água e parcelado automaticamente pelo Semasa em 10 vezes. Para quem não fizer a ligação, o órgão adianta que haverá fiscalização de entidades ambientais.
Cerca de 40 mil pessoas serão impactadas na etapa inicial do projeto, que já atinge 20% da população de Itajaí. A segunda etapa da obra já começou e abrange os bairros Cordeiros e São Vicente, e deve concluir em dois anos.
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– Esse é um momento histórico para a cidade de Itajaí que vai contribuir para a preservação de todo o nosso meio ambiente, dos mananciais e das nossas praias – destacou Flávio Faria, diretor geral do Semasa.
Para algumas pessoas a adequação já começou, como é o caso de Amilton José Linhares, 66 anos. Síndico de um condomínio na rua Samuel Heusi, no Centro da cidade, há cerca de 20 dias ele providenciou a mudança da edificação para o novo sistema de coleta.
– Fiquei sabendo pela mídia da implantação da rede e como já havia a necessidade de uma manutenção da rede hidrossanitária no prédio, pensei em ligar para o Semasa e saber como funcionaria essa mudança – explicou.
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Segundo ele, a partir daí, o processo foi simples. Procurou um pedreiro, que providenciou o esgotamento e o isolamento de todas as fossas da estrutura, bem como a ligação do esgoto à rede coletora. Entre a mão de obra do pedreiro e os gastos gerais da obra, o condomínio gastou cerca de R$ 2,5 mil.
Para a fonoaudióloga, Cristiane Sobé, 41 anos, de Cabeçudas, a experiência com a implantação do atual sistema de esgoto foi boa. Há 12 anos, quando morou pela primeira vez no bairro, conta que a obra para a instalação de fossa, filtro e sumidouro foi um incômodo.
– Agora, acredito que além de os moradores ganharem, porque ficou muito mais fácil o processo, todo o meio ambiente sai ganhando.
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Serviço
Com a implantação do novo sistema de coleta e tratamento de esgoto de Itajaí, um serviço a mais passa a fazer parte da fatura de água dos itajaieinses. Os consumidores pagarão pelo serviço de esgoto sanitário 80% do valor da conta.
– Se o esgoto que sai da minha casa está realmente passando por tratamento e sendo devolvido de maneira potável ao meio ambiente, eu nem me importo de pagar esse valor a mais na conta. Até porque todo mundo tem que ter consciência de que é importante economizar água e essa pode ser uma oportunidade – comentou Cristiane.