Cerca de 80 moradores de Garuva fizeram, na tarde desta segunda-feira, um protesto pedindo mais segurança. Com faixas e gritos, foram da Igreja Matriz São João Batista até a Prefeitura. Segundo dados do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), a incidência de assaltos na cidade de 15 mil habitantes é de três a quatro por semana. No fim de semana, dois estabelecimentos foram assaltados.
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– É muito comum ver isso em plena luz do dia, com bandidos andando armados – disse o presidente do Conseg, Adolar Umlauf.
Segundo levantamento do conselho, o número de policiais militares nos últimos dez anos diminui pela metade – de 34 para 17, enquanto a população aumentou de 10 para 15 mil habitantes. Em frente à Prefeitura, os manifestantes cobravam uma posição do prefeito João Romão.
Este saiu do gabinete com o celular e foi avisar que estava no telefone, mas as pessoas começaram a gritar mais. O prefeito disse aos manifestantes que segurança é dever do Estado, mas que já agendou uma reunião com a 5ª Regional da Polícia Militar e com o 27º Batalhão, onde Garuva está subordinada.
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Romão também aproveitou para criticar o governo do Estado, dizendo que “para os últimos governadores, Santa Catarina começa em Joinville.” O tenente-coronel César Roberto Nedocheko, que está respondendo pela 5ª RPM durante as férias do comandante Cantalício de Oliveira, disse que o comando está ciente dos problemas de Garuva, mas que não tem como dar uma solução imediata.
– Temos que esperar a formatura dos agentes, ainda neste primeiro semestre. O comando estadual sabe das nossas necessidades e Garuva é a primeira da lista para receber novos policiais – afirmou.
– No momento, não tem como a gente tirar de um lugar para colocar no outro – emendou.