Quase dois meses após o início da erosão no Morro das Pedras, no Sul da Ilha, em Florianópolis, moradores ainda buscam por uma solução definitiva para interromper o desgaste do solo, que avança sob as casas da região. Nesta segunda-feira (28), depois de acionarem sem resultados prefeitura e Justiça, e com as fortes ondas ainda batendo na barreira erguida em frente às residências, a comunidade recorreu ao governo federal. 

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Um e-mail, enviado diretamente ao presidente da República, Jair Bolsonaro, após contatar os assessores do gabinete do chefe de Estado, relata os riscos enfrentados pelos moradores.

O texto salienta a emergência por uma resolução para quem reside no bairro e sofre com a erosão, desde o dia 8 de maio, e com a ressaca do mar: “Se trata de um grito de socorro […], porque estamos largados sozinhos”, descreve uma das representantes da comunidade, Cinthia Sens.

No e-mail, em que Cinthia resume que o mar “engoliu mais de 7 metros da costa” e que as casas estão “prestes a cair no mar”, também foi encaminhada a decisão do TRF-4, em anexo.

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A liminar foi assinada em 5 de junho pelo desembargador Rogério Favreto e deu 10 dias para Florianópolis adotar “providências para garantir a segurança dos habitantes e frequentadores do Morro das Pedras”, o que não teria ocorrido até esta segunda, depois de mais de 20 dias do despacho da Justiça.

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O pedido dos moradores chegou ao Gabinete Adjunto de Gestão Interna do presidente da República e uma mensagem automática foi enviada a Cinthia, prometendo retorno breve para tratar do assunto.

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A reportagem procurou a prefeitura para comentar o caso. Por meio da assessoria, a gestão de Florianópolis disse que vai recorrer da decisão do TRF-4 por meio da Procuradoria-Geral do Município.

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Afirmou ainda que Florianópolis é a favor de intervenções de menor impacto ambiental para preservar as residências na região, mas que não concorda em custeá-las: “Essa obrigação deve ser dos proprietários, baseadas nas análises técnicas feitas pelos órgãos ambientais”.

Por fim, a prefeitura ainda disse que realiza a limpeza da faixa de areia, o preparo da área e estudo de novas estruturas que contenham o avanço do mar.

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