Com problemas de drenagem na rua onde mora, Carlos Marangoni produziu um relatório de 14 páginas em que registra o que ele e os vizinhos passam quando chove forte. Tem também arquivados ofícios e e-mails que trocou com o poder público em busca de solução a um drama que se arrasta desde 2008.
Continua depois da publicidade
Moradores da Rua Guilherme Butzke Sênior, Marangoni e os vizinhos contam que o problema começou com a construção de casas e os aterros na rua ao lado, a Ewaldo Brueckheimer. A tubulação pluvial desta rua sempre desembocou na Guilherme Butzke Sênior, mas, a partir de 2008, o volume de água ficou muito maior do que a rede consegue captar. Com isso, a rua onde vivem alaga sempre que chove e o calçamento fica cheio de lama e restos de entulho de obra.
– Antes alagava, mas era mais difícil. Agora, se for uma chuva forte, não dá nem 10 minutos e já está alagado – reclama Jane Rieger.
Cansado de lidar com os alagamentos, aos primeiros sinais de chuva Marangoni coloca uma tábua no portão de casa para que a água não invada o terreno. Ele diz que a prefeitura sempre vai até lá retirar a sujeira, mas acredita que isso não seja o suficiente. Para ele, ou a rede da Ewaldo Brueckheimer pare de desembocar na Guilherme Butzke Sênior e siga adiante, até a João Pessoa, ou a tubulação na sua rua precisa ser ampliada. Novas bocas-de-lobo foram abertas, mas ninguém sabe se vão funcionar.
– Vamos esperar a próxima chuva para ver o que vai dar – diz Marangoni.
Continua depois da publicidade
::: E agora?
O secretário de Serviços Urbanos, Rafael Jansen, afirmou que vai dar início a um estudo para construir nova rede de drenagem na Rua Guilherme Butzke Sênior, já que, segundo ele, muitas casas foram erguidas em cima da tubulação atual impedindo que a prefeitura faça manutenção. O levantamento deve ficar pronto em três semanas e irá determinar como a obra deve ser feita, de acordo com a vazão de água no local. Jansen diz que ainda não há prazo para o início da construção.