Dono de uma pousada na beira da Praia do Sonho, em Palhoça, o empresário Raineri Machado, 44 anos, está à frente de um mutirão para eliminar uma praga que apareceu no bairro nos últimos dias: o caramujo africano.
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Conforme o morador, somente na semana passada após uma quinzena de dias chuvosos, foram coletados 25 pelas ruas e terrenos baldios. Graças a esse cuidado, a pousada está imune.
_ Nós fizemos alguns folders e espalhamos pela comunidade. Estamos com um posto de coleta no salão da igreja Santo Antônio. Alguns moradores já trouxeram neste final de semana. Em todo canto tem gente visualizando caramujo.
Introduzido ilegalmente na década de 80 no Brasil para substituir o scargot francês, o caramujo africano acabou se adaptando ao clima brasileiro e se espalhou em 23 estados. Além de destruírem plantas nativas e cultivadas, esses moluscos são hospedeiros de vermes capazes de provocar doenças sérias, como a meningite eosinofílica.
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A Secretaria de Saúde de Palhoça esclarece que a Vigilância Sanitária pode orientar, fiscalizar e notificar o morador de residência que necessite de limpeza no quintal devido à proliferação do caramujo africano, mas não tem acesso aos proprietários de terrenos, sem moradores. A manutenção das propriedades é de responsabilidade dos donos e, nesses casos, a Fiscalização de Obras da prefeitura pode localizar o dono, exigir a limpeza e autuar.
A Prefeitura orienta, ainda, como proceder para manuseio e catação do caramujo africano e de seus ovos, que é maior e mais escuro do que o caracol nativo do Brasil:
– utilizar luva de borracha ou similar;
– lavar as mãos com sabão em caso de contato acidental;
– proteger a pele e as mucosas;
– utilizar um buraco, tambor ou fogueira cercada com tijolos ou blocos para incinerá-los;
Os melhores horários para o procedimento e coleta são o início da manhã ou final de tarde. Sal e veneno não são recomendados, pois intoxicam o ambiente e são ineficientes.
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