O aposentado José Moreira mora há 11 anos na Estrada Serrinha, uma das vias de chão batido que cortam o bairro Vila Nova, na zona Oeste de Joinville. Todo ano, ele encaminha um pedido para seus antigos colegas de trabalho, na subprefeitura da Região Oeste, para que façam a manutenção da estrada.

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A Serrinha, que era conhecida como Estrada do Salto 3, é considerada a estrada em piores condições para o tráfego. Ela liga as estradas Piraí e Blumenau, passando por uma área de morros cobertos por mata atlântica e plantações de palmito e banana. Mas, nos últimos dias, depois das chuvas do outono, os buracos e a lama ganham mais atenção dos motoristas do que as belezas naturais do lugar.

– Aqui é um paraíso, mas precisa passar uma máquina urgente, enquanto não começam as chuvas de novo. Se deixar para depois, só piora, porque vem a tromba-d?água e leva tudo – diz.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Joinville, Longuino Rech, que representa cerca de 90% das famílias que vivem no meio rural em Joinville, hoje há boa infraestrutura para escoamento da produção. Mas ele diz ser necessária a manutenção permanente, especialmente se o município quiser investir em turismo rural, além de sinalização e mais atrativos nas mais de 30 estradas rurais.

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– Em geral, as estradas que precisam de mais atenção são as que são mais movimentadas – diz Longuino.

Além da Serrinha, outros pontos da cidade, como a Estrada Motucas, na zona Oeste, e a Estrada Timbé, na zona Norte, têm na poeira e nas pedras soltas os principais problemas.

Prefeitura diz fazer manutenção

A responsável pela Subprefeitura da Região Oeste, secretária Elenita Ramos de Souza, considera que as condições das estradas do interior está de acordo com o período do ano. Segundo ela, existe um cronograma de manutenção das vias rurais que é discutido com os moradores.

– Infelizmente, a gente nunca consegue atender toda a demanda. Mas em no máximo duas semanas a Serrinha vai ser atendida também – garante.

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Hoje, há apenas uma máquina disponível para fazer a manutenção de centenas de quilômetros de estradas, vias e acessos do meio rural. O trabalho de roçada, de acordo com a secretaria, também foi intensificado durante o inverno, quando o tempo colabora e o trabalho fica mais duradouro.

Até a última sexta-feira, uma equipe percorria a região das Estradas Blumenau e Dedo Grosso.

Na região Norte, onde há várias linhas de ônibus e transporte escolar percorrendo praticamente todas as estradas rurais, uma máquina também faz diariamente a manutenção de trechos previamente programados. A região da Estrada Timbé, por exemplo, tem duas equipes fazendo a manutenção periódica. As estradas da região de Pirabeiraba contam com uma máquina. As subprefeituras Norte e Oeste pedem que os agricultores registrem e comuniquem os problemas nas antigas sedes das secretarias regionais. Lá também é possível saber quando a manutenção está programada para cada estrada.