Uma das principais reclamações dos moradores da área na Rua Pedro Paulo dos Santos, no Bairro Perequê, em Porto Belo, foi que ninguém teria entrado em contato com eles para debater a situação. Daiane Nogueira está há cerca de oito anos na região com o marido e seis filhos. A dona de casa reclama que a decisão da Justiça prejudicou quem já está estabilizado.
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– Ninguém veio aqui se informar sobre as famílias. No processo fala que só tem vagabundo aqui, olha a quantidade de famílias com crianças que temos. Você acha que só tem bandido e drogado aqui? Aqui só tem família de bem – se indigna.
O marido de Daiane Roger Borges de Ávila conta eles já tentaram negociar a estadia no local com a prefeitura, mas não teve sucesso.
– Não queremos morar de graça. Já nos oferecemos para pagar algo – desabafa o vigilante.
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O procurador-geral de Porto Belo, Valmor Guerreiro Filho, alega que a negociação não seria com a prefeitura, já que o terreno é uma área privada. Quando questionado sobre a possibilidade de algum acordo com os moradores, Arno Baron, dono do terreno, se irrita:
– Na hora que eles vieram ocupar o meu terreno ninguém veio conversar comigo, veio? – questiona.