As placas de proteção e o aviso de pintura de faixas e ciclovias mostram que há homens trabalhando na rua Dilson Funaro, no bairro Ulysses Guimarães, zona Sul de Joinville. Penduradas em muros, faixas colocadas por moradores agradecem pela atenção dada à região.
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Em outra esquina, uma imensa placa indica obra de serviços de pavimentação, que inclui terraplenagem, drenagem pluvial, pavimentação asfáltica e sinalização viária, com investimento de R$ 1,2 milhão, financiado pela Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (Badesc) e do governo federal. As ruas beneficiadas são Dilson Funaro, Hercílio Henrique de Borba e Levino Lemke. O prazo para a conclusão total das obras é junho deste ano.
O contrato foi assinado no dia 26 de junho de 2012. Nos meses seguintes, as obras começaram a ser implantadas. Quase sete meses após a assinatura do contrato, a rua principal, Dilson Funaro, que antes era motivo de reclamação dos moradores por causa da lama e da poeira, está pavimentada. Enquanto isso, ruas laterais, como a Alvino Lemke, ainda aguardam pela finalização das obras.
Em frente à casa de Joana Galvão de Andrade, que mora na região há um ano, um buraco fundo e com mais de um metro de largura está aberto na rua, coberto de água suja, sem sinalização. Está protegido apenas com tubos. Além do mau cheiro, o local oferece riscos para crianças e motoristas desavisados.
– É perigoso, e quando chove alaga tudo aqui -, reclamou a moradora.
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No início da rua, saída com a Dilson Funaro, há um tubo semi-enterrado no meio da rua, que está repleta de pedras. Segundo a moradora, desde o recesso de Natal que não há movimento nas obras no local.
Gregório Oliveira dos Santos, morador da rua Dilson Funaro, reclama que o fim da rua não foi pavimentado. Nos dias de chuva, a lama torna o trecho praticamente intransitável.
A Secretaria de Comunicação (Secom) da Prefeitura informou que a obra de pavimentação contempla as três principais vias que se interligam. As obras continuam em execução e 53% do total já foram concluídos. Ruas Dilson Funaro, Hercílio de Borba e Levino Lemke ficam prontas em junho.
Dilson Funaro é lembrada pelos atropelamentos
A falta de segurança na rua Dilson Funaro é lembrada, principalmente, pelo atropelamento de uma família. No dia 23 de setembro de 2012, a diarista Naí Lopes Teixeira da Silva, de 42 anos, voltava para casa na companhia de três filhos.
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Eles foram atingidos por um veículo em alta velocidade. Com o impacto, Naí e uma das filhas foram lançadas para o alto, e a outra, que estava de bicicleta, foi arremessada contra o gradil de um supermercado.
A ação foi gravada pelas câmeras de segurança de um loja perto do local do acidente. O motorista do veículo fugiu do local sem prestar socorro, mas se apresentou à polícia no dia 10 de outubro de 2012, quando foi preso.
A prisão preventiva foi convertida em medida cautelar de suspensão do direito de habilitação, em uma audiência realizada no dia 19 de dezembro de 2012.
Um mês após o acidente, um novo atropelamento foi registrado a 50 metros do local onde a família foi vítima. Uma mulher e o filho de oito anos foram atingidos por um motorista que também trafegava em alta velocidade e não tinha carteira de habilitação.
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O marido, a mulher e a criança caminhavam na rua quando o veículo atingiu um degrau de uma lanchonete e bateu na bicicleta do homem e, por pouco, o acidente não terminou em tragédia. Na época dos acidentes, a rua ainda não era pavimentada.