Com áreas de mata à beira da estrada, a Rua Gustavo Zimmermann está se tornando destino para pessoas abandonarem animais. Maristela Paula conta que isso virou rotina e que a cada três dias, pelo menos, se depara com cães e gatos que são deixados no período da noite.

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Só em frente à própria casa Maristela diz que há cinco gatos vagando e contando com a boa-vontade de vizinhos que se dispõe a ajudá-los. A maioria é filhote. Segundo ela, cachorros deixados na rua às vezes partem para cima de pedestres e são afastados a chutes. Ou então morrem atropelados e são largados em valas ao lado da pista, em meio ao matagal.

– Sempre tem algum carro que passa e deixa os bichos – conta Maristela.

Milton César é responsável pelo almoxarifado da Eletrosul, na Rua Gustavo Zimmermann, e diz que na última semana uma mulher, compadecida pela situação dos animais, recolheu uma gata e seus filhotes e os levou para casa. Segundo ele, é comum que trabalhadores da região se acostumem com a presença dos cães e gatos e acabem os adotando.

– Eles criam amor pelo bicho e levam para casa – diz.

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Mas Milton está preocupado. Com a conclusão do asfaltamento da Gustavo Zimmermann, ele teme que veículos em alta velocidade possam atropelar os animais menores que às vezes atravessam a rua.

::: E agora?

Segundo a médica veterinária da Secretária de Bem-Estar Animal Juliana Schwabe, há uma determinação do Ministério Público que proíbe na cidade o recolhimento de animais sadios abandonados nas ruas. Nestes casos as pessoas são orientadas a buscar alguém que queira adotá-los ou que os leve às feiras de doação que o próprio Bem-Estar Animal promove no primeiro sábado de cada mês, na Praça Dr. Blumenau.

Quando tem animal doente, a denúncia deve ser feita pela ouvidoria da Saúde (3381-7770). Dependendo da situação, o tratamento pode ser feito no local ou no Centro de Prevenção e Recuperação de Animais Domésticos (Cepread), de onde o animal é encaminhado para adoção.