Sair do trabalho formal, os escritórios, a cidade de origem e partir para serviços voluntários pela Europa. Essa é a aventura que duas jovens catarinenses embarcaram. Agora, a realidade envolve mexer na terra e cozinhar para comunidades na Itália, por exemplo.
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Uma delas é a professora de história Ketlyn Cristina, de 28 anos. A ideia de sair de Joinville para o país italiano chegou ao pico em 2023, quando ela vivia o auge da profissão e fazia mestrado. As salas de aulas, porém, eram insuficientes perto do sonho de viajar o mundo e transpassar os livros didáticos.
— Me sentia desconfortável em pensar que lecionava para os meus alunos sobre acontecimentos, culturas e países que eu jamais tinha conhecido. Me vi triste e sem perspectivas para além do profissional — explica.
Veja fotos das catarinenses durante o trabalho voluntário na Europa
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Sem dinheiro para viajar por conta própria, o plano de voluntariar foi planejado durante cinco meses, unindo a economia com interesse por conhecer novas pessoas e culturas.
Aline Cristina Dalmaso, de 34 anos, é nascida em Timbó tem uma história parecida. Ela conta que sempre quis fazer intercâmbio, viver em outro país e conhecer uma cultura diferente. Em 2022, ela conta que começou a pesquisar sobre os estudos em inglês e morar em outro território.
A garota foi avançando na ideia. Com o desejo de sair da frente de computadores e o sonho de conhecer o país italiano, o voluntariado se tornou uma ótima opção.
— Eu amo a Itália, a escolha de vir pra cá foi fácil, também queria colocar a mão na terra, sair um pouco da frente do computador. Eu trabalho remotamente, o que me faz estar sempre conectada. Aqui eu consigo fazer outras coisas, o que para mim é legal — destaca.
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Na prática, ambas vivem em uma comunidade chamada “Honeydew”. No local, elas não recebem salário, mas têm hospedagem, alimentação e fazem tarefas de limpeza, organização, auxílio na cozinha e trabalhos manuais na área externa da comunidade. São quatro horas diárias de trabalho, somadas a mais uma voltada para ajudar a comunidade no almoço e na janta.
A jornada no voluntariado: “Vivenciar essa experiência”
Durante o projeto de voluntariado, a professora Ketlyn conta que ficará na Itália até abril. Ela ressalta que deixará o local com aperto no coração após experimentar diversas vivências.
— Levarei todos em meu coração, em especial o Benjamin [anfitrião do Honeydew], que me deu essa oportunidade única de vivenciar essa experiência em comunidade. Além dos demais amigos — compartilha.
Já Aline afirma que vai deixar a terra italiana em maio. Para ela, os momentos neste período são carregados de crescimento pessoal e mental.
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— Às vezes é cansativo, mas está sendo uma experiência e uma troca de conhecimento incrível — pontua.
Planos para o futuro: mochila cheio pelo mundo
Com a perspectiva de seguir no “mochilão” e conhecer mais países, Ketlyn vai imigrar para a Escócia e fazer voluntariado em diversas regiões do Reino Unido. Ela acredita trazer um legado e seguir com os ideais no Brasil.
— Quando eu chegar ao fim dessa jornada, voltarei ao Brasil e pretendo conhecer a segunda casa do Honeydew, que fica em Teresópolis, no Rio de Janeiro — destaca.
Para Aline, os planos também são de voltar para o país de origem e ver lidará com os sentimentos das experiências. Novas experiências como voluntária pelo mundo não estão descartadas.
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— Voltar a fazer algo assim, mas em uma outra estação. Quando é verão por aqui eles recebem muito mais voluntários e pessoas, o que faz ter outra vibe no lugar — finaliza.
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