Um pedido para transformar Joinville na capital do Estado será protocolado nesta quarta-feira na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). A iniciativa é da psiquiatra Regina Coeli Martins Pinto, 64 anos, que reuniu 800 assinaturas de joinvilenses que apoiam a ideia.
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Ela é natural de São Luis (MA) e mora há 23 anos em Joinville, a quem se refere como mãe adotiva por ter lhe acolhido. A ideia de pedir a mudança da capital surgiu há um ano quando conversava com amigos sobre as dificuldades enfrentadas pela cidade.
Regina entregará o documento com as assinaturas à comissão de Constituição e Justiça para tentar dar início à tramitação de um projeto de iniciativa popular. Segundo a psiquiatra, uma das motivações é a correção de um erro histórico mantido ao longo dos anos e que vem sistematicamente prejudicando a cidade e a população.
— A cidade é o centro financeiro de Santa Catarina, então não faz sentido Joinville continuar a pagar as contas de outras cidades e apenas ser prejudicada — defende.
A expectativa de Regina é gerar uma discussão sobre o assunto. Ela defende que os deputados estaduais se dediquem em fazer uma análise minuciosa e justa a respeito da importância da cidade para Santa Catarina. A psiquiatra também cobra que a comissão discuta e apresente os motivos para aceitar ou negar o pedido.
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— Eu espero que as pessoas não fiquem olhando a palavra “mudança” como um bicho papão. Quero provocar essa discussão porque acho necessária e quem sabe a gente consiga entrar em um consenso — explica.
Uma mudança de capital precisaria da realização de um plebiscito entre os eleitores do Estado. A Constituição de Santa Catarina previu uma consulta em 1993 para Curitibanos se transformar na nova capital, mas o plebiscito não chegou a acontecer.
Apesar de achar possível a mudança, Regina sabe da dificuldade do projeto ir para frente. Ela afirma que mesmo se a ideia não avançar na Alesc ela terá a consciência de dever cumprido.