Era para ser um começo de noite tranquilo com a filha pequena, mas se tornou um momento que Maynara da Silva só quer esquecer. A advogada foi uma das pessoas que viu um cachorro ser arrastado pelas ruas de Indaial nesta terça-feira (1º). O animal morreu e o motorista responsável pelo crime foi preso.
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Maynara conta que estava no parque de uma igreja com a filha de dois anos quando ouviu um barulho de buzinas. Ao olhar para a rua, viu o carro em alta velocidade, fazendo ultrapassagens enquanto puxava algo em uma corda que estava engatada na parte de trás do veículo. Foi quando veio o choque: era um cachorro, já desacordado, que estava sendo arrastado.
— Infelizmente até minha filha viu a cena chocante. Na hora deu uma sensação de revolta. O que leva uma pessoa a fazer isso? Cada vez que me lembro da cena fico chocada, mexe muito com a gente. Não tem como não pensar no tanto que ele sofreu. Um animal indefeso passar por uma crueldade dessas. É uma sensação terrível. Eu quero esquecer, apagar da minha mente — desabafa a moradora.
No instante em que presenciou a crueldade, a advogada ligou para a Polícia Militar. Os agentes receberam mais de 30 denúncias naquela noite via 190. Muitos relataram que tentaram parar o veículo, mas o motorista teria ignorado os alertas. O condutor de 55 anos foi localizado e preso em flagrante. Conforme a PM, ele tem mais de 20 passagens por delito como ameaça, violência doméstica, maus-tratos, entre outros.
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O cão já estava morto quando a abordagem aconteceu.
Não demorou muito para que imagens de câmeras de segurança surgissem constatando o ato cruel. O automóvel circulou por vias da região central, diante de diversas testemunhas. A história causou tanta comoção que um grupo de manifestantes se reuniu diante do Fórum da cidade na tarde desta quarta-feira (1º) para pedir que a justiça seja feita. Poucas horas antes da mobilização, o juízo da Vara Criminal de Indaial decretou a prisão preventiva.

Contraponto
O advogado Evandro Freese foi nomeado pela Justiça para defender o motorista. Segundo ele, o caso está em segredo de Justiça e por isso não informa a versão do suspeito. Por ora, afirma apenas que recorrerá da decisão de manter o homem preso preventivamente.
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