A brasileira presa e indiciada por tráfico de drogas na Indonésia, Manuela Vitória de Araújo Farias, conseguiu conversar com a família pela primeira vez na madrugada desta sexta-feira (3), informou o advogado Davi Lira da Silva. A jovem embarcou de Florianópolis no final de dezembro e foi detida com aproximadamente 3 quilos de cocaína em Bali. Desde então, ela não havia conseguido contato com parentes.

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De acordo com o defensor que acompanha o caso, a embaixada do Brasil na Indonésia também conversou com ela. No país, segundo o Ministério das Relações Exteriores, “pessoas detidas com entorpecentes, em qualquer quantidade poderão ser condenadas a penas que variam de vários anos de prisão até a pena de morte”.

Manuela Vitória de Araújo Farias tem 19 anos e mora em Santa Catarina, onde vive a mãe. Ela também tem residência no Pará, onde o pai mora. Ainda conforme o advogado, ela atuava como autônoma, vendendo perfumes e lingeries no Brasil.

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— Ela disse que está emocionalmente mais estável e que tem confiado em Deus. Que Ele é senhor do impossível e que pra ela tem uma nova história — afirmou Silva.

Segundo o advogado, a prisão da jovem aconteceu entre 31 de dezembro e 1º de janeiro no aeroporto de Bali. Em 27 de janeiro, ela foi indiciada por tráfico de drogas.

Indiciada foi mula, diz defesa

A defesa alega que a Manuela foi enganada e usada como “mula” por uma organização criminosa de Santa Catarina, que prometeu férias e aulas de surfe para ela no país asiático. Ainda de acordo com Silva, ela chegou a abandonar a ideia, mas foi obrigada pela organização a continuar.

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— Disseram que lá ela poderia orar nos templos para pedir a cura da mãe — complementou o defensor. Segundo Silva, a mãe dela sofreu um AVC e está internada.

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Ao g1 SC, a Polícia Civil de Santa Catarina não passou detalhes sobre a suposta organização criminosa, mas informou que “todas as investigações são mantidas em sigilo”.

Ministério das Relações Exteriores

O Itamaraty disse em nota que acompanha o caso. “O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Jacarta, tem conhecimento do caso e vem prestando a assistência consular cabível à nacional, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local”, informou o Ministério das Relações Exteriores.

Na tarde desta sexta-feira (3), a reportagem do g1 SC tentou contato com a embaixada do Brasil em Jacarta, na Indonésia, e aguardava retorno até a [ultima atualização do texto.