Que mulher resiste a um belo par de sapatos? Salto fino, agulha, meia pata, anabela, glitter, tachinhas, tiras, franjas, sapatilhas, espadriles, botas, couro. A cada estação surgem novos modelos, para todos os gostos e bolsos. A ex-primeira-dama das Filipinas, Imelda Marcos, era dona de três mil pares e inaugurou um museu no país para exibir alguns pares da coleção. Além de vestirem os pés femininos, os sapatos também causam frisson no imaginário masculino.

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Com a constante mudança e evolução do mundo da moda, há quem pense que nunca tem modelos suficientes. É o caso da dona de casa Isabel Cristina Andrade de Souza, de 45 anos. Ela possui cerca de 350 pares. Na casa da família, em São José, ela ganhou um quarto exclusivo para guardar seus preciosos bens.

– Eu sempre gostei de sapatos, mas quando me casei, há 30 anos, que passei a comprar mais. Os de salto muito alto e coloridos são seus favoritos – revela Isabel.

Mãe de três filhos homens, ela conta que os filhos não criticam sua coleção, e até ajudam a comprar pela internet.

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– Vejo os modelos em blogs de moda, e às vezes corro a cidade toda atrás, brinca. Se não encontro, compro pela internet – ensina a apaixonada por sapatos.

Em suas lojas favoritas, já é conhecida das vendedoras.

As lojas estão de olho

De olho em compradoras como Isabel, os lojistas montam estrategicamente as vitrines, posicionando os modelos bem visivelmente. Gerente há 12 anos de uma da lojas da Carioca Calçados, Patrícia Zago conta que os saltos sempre chamam mais a atenção.

– Vendemos todos os tipos, mas os saltos nunca saem de moda – explica a comerciária.

A rede, que foi fundada em 1985 e começou com apenas um loja, hoje possui mais de 20. Além disso, mantém um blog intitulado “Loucas por sapatos”, em que dão dicas de moda e postam looks com as marcas vendidas nas lojas.

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É normal?

A psicóloga do serviço de atendimento da UFSC, Beatriz Molino, explica que esta “loucura” por sapatos é normal, já que recebemos muitas novidades e informações da televisão, revistas e outros meios, o que desperta o desejo. Mas, é preciso tomar cuidado quando o ato de comprar começa a atrapalhar a vida da pessoa, trazendo problemas financeiros, por exemplo.

– Qualquer coisa exagerada é preciso cuidar – explica. Ela relata que ao comprar, pelo simples prazer do momento, para diminuir ansiedade, a pessoa pode estar se desviando de algum outro problema maior.

– O importante é a pessoa se questionar: eu preciso deste sapato? posso comprar? – explica.

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No caso de Isabel, o pai dela diz que ela precisa procurar um médico, mas até o momento ela não sente que o hábito de comprar sapatos a esteja prejudicando.

– Assim como eu compro, eu doo muito também. Da última vez um saco de mais de 200 litros (com sapatos) foi para a caridade _ conta.

O que eles acham dos sapatos femininos…

Leonardo Bez, 23 anos, mestre em artes marciais

– Eu gosto de salto alto, mas também depende da ocasião, e a mulher tem que saber andar. Não gosto quando elas ficam tentando se equilibrar, neste caso é melhor usar uma sandália baixa.

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Anderson Lanfranco, 29 anos, vendedor industrial – Jéssica Lanfranco, esposa

– Eu reparo bastante nos sapatos dela, também ajudo e dou opinião na hora de comprar. Acho que existem o sapato adequado para cada situação, para praia e dia a dia uma rasteirinha vai bem.

Cristiano Soares, 34 anos, policial militar

– Para trabalhar eu acho melhor um sapato mais baixo, mas para sair acho que minha esposa fica bonita com um salto. Mas ela gosta de usar salto sempre.

Elson Junior, 20 anos, vendedor

– Acho muitos modelos bonitos, mas um salto alto chama mais atenção, a mulher fica mais bonita.

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