Os autotestes para Covid-19 – que tiveram a venda liberada no Brasil, após decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta sexta-feira (28) – já são utilizados em países da Europa e nos Estados Unidos. A jornalista Carla Cavalheiro, que mora em Florianópolis, relatou à CBN Diário a experiência dela e do marido (o também jornalista Rubens Flôres) em fazer o exame durante uma viagem a Phoenix, no fim do ano passado.
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Dois dias antes de embarcar, Rubens teve sintomas da doença. A chegada em território norte-americano foi no dia 26 de dezembro do ano passado. No aeroporto em Dallas, quando o casal realizou o processo de imigração, o jornalista recebeu um kit gratuito (o preço em farmácia era de U$ 40, atualmente cerca de R$ 215) para o exame, que acabou dando positivo. Depois, Carla resolveu testar também, e o resultado foi negativo.
Ainda segundo a jornalista, é preciso baixar um aplicativo por telefone e acompanhar um vídeo que explica as etapas. O swab (haste com algodão nas pontas) possui um delimitador para não machucar, ao fazer a raspagem das narinas. O material coletado é aplicado a um reagente para detetar o resultado. Até o resultado final, foram cerca de 30 minutos.
– No dia seguinte, procuramos um laboratório para fazer outro exame para saber da verdade daqueles resultados. Quando eu cheguei lá, a pessoa que nos atendeu entregou um kit e nos orientou a ir ao carro, fazer a coleta com o cotonete, colocar dentro de um tubinho e devolver. Esse resultado saiu em torno de duas horas – declarou Carla.
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Quando eu cheguei (no laboratório), a pessoa nos orientou a ir ao carro, fazer a coleta com o cotonete, colocar dentro de um tubinho e devolver”, jornalista Carla Cavalheiro, moradora de Florianópolis sobre o autoteste que fez nos EUA
A contraprova feita pelo laboratório custou U$ 75 (mais de R$ 400, no câmbio atual). Com o resultado confirmado de Covid para Rubens, o retorno para o Brasil foi atrasado em 10 dias. O marido precisou ficar isolado durante o período em que os testes continuavam a indicar contaminação. O governo americano já conseguia rastreá-lo, através do primeiro exame conectado pelo celular. O resultado negativo veio apenas no quinto teste. A chegada do casal ao Brasil ocorreu no dia 23 de janeiro.

A respeito da disponibilidade no Brasil a partir do momento em que começar as vendas para a população, Carla demonstra preocupação se o país teria estoque para atender a possível demanda, pois ela enfrentou a falta do produto nas farmácias dos Estados Unidos. Se o casal tentasse fazer o pedido pela internet naquele momento, a previsão de entrega era somente a partir de 10 de fevereiro.
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– (Não ter o autoteste nas farmácias) Te força a sair de casa, ir no laboratório e fazer o teste no carro. Em relação ao porquê do autoteste lá (nos Estados Unidos), não é só para controlar a alta taxa de infecção, mas porque tira uma pessoa do processo de contaminação, que é a pessoa que faz a coleta de exame – completa.
Porém, sobre se o brasileiro teria dificuldade em utilizá-lo, a jornalista crê que as pessoas já estão acostumados com exames que eles próprios já realizam.
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Ouça a entrevista completa para a CBN Diário:
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