O maior desejo de Aline Llavra, de 34 anos, é comemorar o aniversário do filho Pedrinho nos Estados Unidos da América. Não pela paisagem, mas pela saúde do menino, que nasceu com a Síndrome do Intestino Curto. Há dois meses a mãe descobriu que Pedrinho precisaria de um transplante. A cirurgia e outras despesas custaria mais de 2 milhões de dólares. O susto diante de quantia astronômica foi o início da campanha em redes sociais, que ganhou a parceria da auxiliar financeiro Juliana Schmitt, de 28 anos, moradora de Barra Velha.

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– Vejo meus filhos se lambuzando de sorvete. Coisas tão simples que a gente não valoriza – comentou Juliana, comovida pelo fato de Pedrinho ainda não poder fazer o mesmo.

Assim que viu a campanha nas redes sociais, a auxiliar ligou para o Hospital Sabará, em São Paulo, onde Pedrinho recebe os cuidados médicos. Confirmou a veracidade da história e passou a ajudar. Fez panfletos e escreveu uma carta que chegou até o Jornal A Notícia. A ideia de Juliana é divulgar a campanha, que vai muito bem nas redes sociais, para aquelas pessoas que não usam a internet. Por isso, ela procurou o jornal impresso. Desde maio, quando a campanha tinha apenas R$ 17 mil arrecadados, a moradora de Barra Velha levanta a bandeira do Pedrinho.

Vindo do quarto procedimento cirúrgico realizado nos últimos 40 dias, Pedrinho passa bem. A operação feita nesta segunda-feira repôs o catéter que ele usa para se alimentar. Um tipo de alimentação chamada parenteral, em que os alimentos são recebidos por um catéter implantado no coração. Dessa maneira ele recebe os nutrientes para se desenvolver. Ele também recebe 20 ml de leite, que pingam no estômago durante duas horas. Aline conta que, além dessa saga diária, para dar ao filho a “chance de continuar sorrindo” precisará morar nos EUA até conseguir o transplante.

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Pedrinho passar as 24 horas de seu dia ligado a aparelhos que o alimentam. Somente o transporte, através de um avião de pequeno porte equipado para receber um bebê nas condições dele custa R$ 261 mil.

– Os órgãos dele podem se sobrecarregar a qualquer momento por causa desse tipo de alimentação. Estamos correndo contra o tempo – lembrou a mãe.

Aline se encanta e renova esperanças com a ajuda que tem recebido. São cartas de crianças desejando melhoras e convidando Pedrinho para brincar. Algumas vêm com doações. Pessoas que ela não conhece pessoalmente, como a moradora de Barra Velha, promovem eventos de arrecadar dinheiro para a campanha. Um cadeirante que vende balas de goma, um catador de lixo reciclável e um menino que pedia esmola na rua são exemplos de pessoas que se doam, mesmo tendo pouco para si.

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– Essas pessoas alimentam o meu acreditar que isso é possível – explicou Aline sobre o transplante do filho.

Uma ação de aniversário vai esquentar a campanha de Pedrinho. Ao invés de presentes, a mãe dele sugere doações no aniversário de 1 ano, que ocorrerá daqui a um mês. Aline quer que o filho ganhe o que há de mais precioso e já tem um slogan para essa ação da campanha:

– Dê vida ao Pedrinho.

Para ajudar:

www.amigosdopedrinho.com.br

Instagram @amigosdopedrinho

Página do Facebook Ajude o Pedrinho a continuar sorrindo