A Lagoinha é uma das praias mais tranquilas do norte da Ilha, com mar quente e calmo, procurada por muitos turistas que buscam contato com a natureza sem tanta agitação. Mas quem mora por lá conhece de pertinho os problemas existentes na região e um deles é o esgoto que desemboca na praia.
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Quem denuncia esta situação é o pescador Pedro Paulo Pereira, de 61 anos. Paulo mora na Lagoinha há mais de 30 anos e nos últimos anos, um fato lhe chamou a atenção: água preta e fedorenta saindo do rio e desembocando no mar.
O morador suspeita que seja esgoto clandestino sendo jogado no rio que passa atrás da casa dele, na Estrada Jornalista Jaime de Arruda Ramos. Segundo ele, o cheiro de esgoto é forte e muitos peixes já apareceram mortos por lá. Após uma chuva forte é ainda mais visível a água preta escorrendo em direção à praia.
— Quando chove forte essa água não fica no rio, ela escorre para a praia. É uma água preta, com um cheiro forte e que está provocando a morte de muitos peixes — relata.
O que diz a prefeitura
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Florianópolis informou que o bairro da Lagoinha do Norte possui rede de coleta de esgoto, mas ainda não há o levantamento sobre as condições dos imóveis, se estão ou não ligados corretamente à rede.
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O local também recebe a drenagem de uma região ampla, podendo haver mais de uma causa para a poluição do rio. Além da ligação clandestina de esgoto na rede pluvial, pode ser lixo descartado de forma inadequada e que acaba sendo arrastado pela correnteza das chuvas até o rio.
O Floripa Se Liga Na Rede deve passar pelo bairro, mas ainda não tem data isso ocorrer. O programa da prefeitura e da Casan faz o diagnóstico lote por lote de cada bairro contemplado, diagnosticando irregularidades e ligações clandestinas de esgoto. Já foram atendidos este ano os bairros Bom Abrigo, Abraão e Canasvieiras.
Como denunciar
Ainda de acordo com a prefeitura, não consta no sistema da Vigilância em Saúde do município qualquer denúncia sobre a situação descrita pelo morador. O órgão informa que a fiscalização é acionada a partir de solicitação do usuário, feita pelo telefone (48) 3239-1500 ou pela internet, preenchendo um formulário online.