Morador de São Francisco do Sul é vítima do golpe do bilhete premiado

Um senhor de 58 anos foi vítima do golpe do bilhete premiado em São Francisco do Sul. Ainda muito assustado, o mecânico não conseguia acreditar no que havia acontecido. Enquanto aguardava para prestar depoimento na delegacia, na tarde desta segunda-feira, recebia advertência dos filhos que afirmaram já terem alertado o pai sobre casos de estelionato.

A vítima precisou receber atendimento médico, pois foi agredida pelos golpistas. Ao chegar ao banco, o mecânico foi abordado por dois homens. Eles contaram uma história de que precisavam de alguém de muita confiança para fazer uma transação bancária.

– Ele disse que era analfabeto e precisava de ajuda. Me mostrou o bilhete e disse que receberia o prêmio de R$ 600 mil, por ter acertado na quina – contou a vítima.

O mecânico logo entrou na conversa e sacou o dinheiro que foi direto para o bolso de um dos golpistas. Como sabiam que a vítima trabalhava com manutenção industrial, os bandidos o convidaram a entrar no carro, pois o levariam para consertar uma máquina. No meio do caminho, o mecânico se deu conta de que havia caído em um golpe. Mas já era tarde demais.

Os homens assustaram a vítima dizendo que iam abandoná-la na rodovia. Antes fizeram uma parada em Joinville, na rua Max Colin, para trocar de carro. O mecânico aproveitou um descuido dos bandidos para tentar fugir, mas acabou sendo agredido.

– Achei que iam me matar, por isso corri – disse.

A polícia foi acionada por funcionários de uma padaria próxima que presenciaram a cena. Os dois suspeitos foram presos em flagrante.

A polícia acredita que além dos presos, mais duas pessoas estejam envolvidas no golpe de estelionato. Um dos homens presos, de 56 anos, é de Apucarana, no Paraná. O outro, com 51, é morador de Itapema. Com os suspeitos foram apreendidos um Honda Civic, com placas de Balneário Camboriú, um Fiat Brava de Apucarana (PR), e recuperados R$ 13,6 mil.

Alerta

De acordo com o tenente da Polícia Militar, Jean Carlos Denk, existe uma certa incidência desse tipo de crime e, na maioria deles, a vítima tem mais de 50 anos e pouca instrução. A orientação é não acreditar em dinheiro fácil.

– Fiquem atentos, pois nada vem de graça. Quando a vantagem é grande, devemos ficar desconfiados – sugeriu o tenente.