Divertido, trabalhador e muito correto. É assim que Raulino Alves dos Santos descreve o pai. Seu José Manoel do Santos, morador de Blumenau, morreu nesta semana aos 110 anos. Depois de mais de um século de vida, ele partiu em casa após uma parada cardíaca. Deixou esposa, cinco filhos e cinco netos.

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Natural de Abelardo Luz, Gigica, como era carinhosamente chamado pela família, trabalhou a vida inteira na agricultura. Veio para Blumenau há 13 anos, junto com a esposa, para morar com Raulino. O filho estava preocupado com os pais sozinhos em Bom Jesus e decidiu trazê-los para o Vale do Itajaí.

A essa altura, seu José já se aproximava dos 100 anos. A certidão de nascimento não deixa mentir: nasceu em 15 de março de 1913. A lucidez o acompanhou até os 107. Ainda estava ativo, conta Raulino. Ele recorda do pai se divertindo com a idade avançada, vista como um privilégio de poucos:

— Ele brincava que era de outro mundo.

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Nos últimos três anos, Gigica passou a sentir os efeitos do alzheimer. Ainda assim, a saúde era considerada ótima. Nada se colesterol ou diabetes, garante o filho. O pai cuidava com o que comia, nada de alimentos no micro-ondas, pré-prontos ou industrializados.

Mas os cuidados iam além da alimentação. Prezava por uma vida tranquila, longe de confusão.

— A tristeza não passava nem perto dele — frisa Raulino.

Seriam esses cuidados para uma vida longa? Só o tempo vai dizer. O filho de seu Gigica garante que ninguém na família chegou a tão avançada idade. Por precaução, toma para si os exemplos do pai:

— Nos ensinou a ser pessoas dignas.

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