A agência de classificação de risco financeiro Moody’s anunciou na quarta-feira que reduziu a nota da dívida de cinco grandes bancos espanhóis, incluindo Santander e BBVA.

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Os estabelecimentos atingidos pela decisão, anunciada 24 horas após a queda da classificação da Espanha, são Banco Santander, BBVA, CaixaBank, La Caixa e Confederación de Cajas de Ahorro-CECA.

A Moody’s estima que Santander, BBVA e CaixaBank se mantêm como emissores de alta qualidade, mas representam agora uma nota “Aa2”, contra a antiga “Aa1”.

La Caixa, casa matriz do CaixaBank, e a CECA permanecem na categoria de emissores sólidos mas passíveis de ser afetados por mudanças da situação econômica, tendo sua nota reduzida de “A1” para “A2”.

Estas revisões são consequência “da degradação (da nota) do Reino da Espanha de Aa2 para A1”, na terça-feira, explicou a Moody’s.

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“Com o governo espanhol classificado agora como A1, Moody’s acredita que o benefício de uma potencial ajuda governamental é menor em relação à força individual destes bancos (…), mas a alta probabilidade de que esta ajuda venha logo” evitou uma redução maior para tais entidades.

A agência também lembrou que nove regiões (comunidades autônomas), duas províncias e outras cinco comunidades espanholas relacionadas ao governo tiveram suas notas reduzidas em um ou dois níveis e colocadas com perspectiva negativa. A região de Castilla La Mancha teve sua nota de crédito reduzida em cinco níveis, para Baa2.

“Amplas necessidades fiscais e um restrito acesso a fontes de financiamento a longo prazo forçaram as regiões a esvaziar suas reservas e a usar amplamente linhas de crédito de curto prazo”, aumentando sua dívida, destaca a Moody’s.

Na véspera, a agência justificou sua decisão de reduzir a nota da Espanha por considerar que o país “continua vulnerável a tensões nos mercados”, e que seu crescimento econômico alcançará no máximo 1% em 2012, “tornando ainda mais difícil atingir suas ambiciosas metas orçamentárias”.

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Segundo a Moody’s, a Espanha já não é um emissor de alta qualidade porque o país está exposto a um “possível contágio” de choques externos e de suas próprias “fragilidades internas”.