A agência de classificação de risco Moody’s rebaixou nesta terça-feira a nota da dívida espanhola em dois níveis, de Aa2 para A1, afirmando que o país é “vulnerável às tensões nos mercados”, e que não surgiu uma solução “confiável” para a crise na Europa.
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Os títulos do Estado espanhol de longo prazo recebem agora a nota A1 por parte da agência de classificação, com a qual o país europeu perde seu status de emissor de alta qualidade para ficar no nível dos emissores sólidos, mas suscetíveis a mudanças de conjuntura econômica. A1 é a quinta melhor nota na escala da Moody’s.
A agência justificou sua decisão afirmando que considera que “a Espanha continua vulnerável a tensões nos mercados”, seu crescimento econômico alcançará no máximo 1% em 2012 (e não 1,8% como a Moody’s estimava até agora), e isso “tornará ainda mais difícil alcançar as ambiciosas metas orçamentárias” do país.
A agência advertiu que o estresse será maior para a Espanha em razão do lento crescimento, que tornará os cortes orçamentários ainda mais dolorosos para o governo que surgir nas eleições gerais de 20 de novembro.
– Desde que colocamos as notas sob revisão, em julho de 2011, nenhuma solução confiável para a atual crise da dívida soberana surgiu, e levará tempo para que a confiança na coesão política da Zona Euro e as perspectivas de crescimento sejam plenamente reestruturadas – afirmou a agência.
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A Moody’s se mostrou mais dura com a Espanha que a Standard and Poor’s e Fitch, que reduziram a nota do país europeu para AA- (quarta melhor nota) nos últimos 15 dias.