O recordista mundial dos 100 metros rasos, o norte-americano Tim Montgomery, vai pressionar por uma corte de arbitragem nas acusações que sofreu da Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada), informaram os advogados do velocista na segunda, dia 28.
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– Nós estamos contestando as acusações e pediremos arbitragem – afirmou Don Goldberg, o porta-voz da advogada de Montgomery, Cristina Arguedas.
Uma carta seria enviada à Usada ainda na segunda, segundo Goldberg.
– Tim Montgomery não fez nada de errado, e nós acreditamos que qualquer leitura clara do fato sustenta sua inocência – acrescentou Arguedas em um comunicado, de 18 de junho.
Seus advogados disseram depois ao diário San Jose Mercury-News que Montgomery vai à Corte de Arbitragem do Esporte (CAS), que fica em Lausanne, na Suíça.
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– Estamos dando esse passo porque acreditamos que a conduta da Usada tem sido tão extraordinária que tira qualquer confiança de que Tim possa ser tratado com justiça nesse processo – disse o advogado Howard Jacobs ao jornal.
Uma decisão da CAS seria definitiva, mas pode não sair até o início das seletivas norte-americanas para a Olimpíada, em 9 de julho. Montgomery poderia assim se classificar para os Jogos de Atenas sob o fantasma das alegações de doping.
O atleta e a ex-campeã mundial indoor dos 200 metros Michelle Collins estão entre os velocistas dos Estados Unidos acusados pela Usada de ingerir substâncias proibidas e podem ser banidos do esporte. A Usada não é uma agência governamental.
Goldberg não quis comentar na segunda a reportagem que informava que Montgomery teria dito a um júri em San Francisco que alguns corredores de elite estavam doentes por causa de uma droga do Balco, laboratório da área de San Francisco, acusado de distribuir substâncias proibidas aos atletas.
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O San Francisco Chronicle informou que Montgomery disse ao júri que investiga o Balco que sofreu efeitos negativos e não tirou benefícios com a droga durante período de oito meses, entre 2000 e 2001.
Segundo o jornal, Montgomery afirmou que a droga foi feita para atletas de fisiculturismo, não para velocistas, e que não seria detectável em exames antidoping. O jornal não divulgou como conseguiu a informação.
As informações são da agência Reuters.