A montagem das arquibancadas provisórias do Itaquerão vai continuar paralisada por tempo indeterminado. Os trabalhos no local só serão liberados depois que a Fast Engenharia, empresa responsável pela obra, cumprir três exigências feitas pelo Ministério do Trabalho: instalação de guarda-corpos (grades), implantação de novos cabos de seguranças e apresentação de um projeto de proteção coletiva para os operários.

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A lista de pedidos foi definida na terça-feira, depois de mais de duas horas de reunião entre representantes da Fast, da Odebrecht (empreiteira responsável pela construção do estádio) e do Ministério do Trabalho. Na quinta, haverá novo encontro, em que a Fast deverá apresentar o seu plano de ação. O ministério, no entanto, só vai liberar o retorno do trabalho nas arquibancadas provisórias depois que todas as exigências forem cumpridas.

Segundo o advogado da Fast, David Rechulski, que representou a empresa no encontro com o Ministério do Trabalho, não há previsão para atender os pedidos feitos nesta terça-feira.

– Uma coisa é certa: não há condição de até quinta-feira fazer tudo isso. ê impossível prever uma data. Não dá para falar em tempo de execução – revelou.

A interdição desse setor da obra ocorreu depois de o operário Fábio Hamilton da Cruz, 23 anos, morrer no sábado ao cair de uma altura de oito metros enquanto instalava placas no local. Com a paralisação da montagem das arquibancadas provisórias norte e sul, a entrega do estádio, que será palco da abertura da Copa do Mundo, no dia 12 de junho, pode sofrer novo atraso.

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Nas outras áreas do Itaquerão, os trabalhos continuam normalmente. A obra deveria ter sido finalizada em 31 de dezembro, mas o prazo foi adiado para 15 de abril depois que um guindaste que erguia peças da cobertura desabou e matou dois operários em novembro. A Fifa espera receber a arena somente no dia 15 de maio.