Todas as montadoras instaladas no Brasil devem se adequar às exigências do governo para que fiquem isentas do aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A afirmação foi feita pelo diretor de Relações Institucionais da Associação Nacional dos Veículos Automotores (Anfavea), Ademar Cantero.

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– É de se imaginar que todas (as montadoras instaladas no Brasil) se enquadrem, que todas vão caminhar para a habilitação. Nenhuma vai querer dar mercado para o concorrente – afirmou.

Segundo Cantero, a Anfavea participou das negociações da medida junto com o governo.

O diretor da Anfavea disse que a medida anunciada pelo Planalto ainda não é a nova política industrial do setor:

– Essa medida é uma parte do programa. É a primeira fase para se preparar um programa efetivo de competitividade, inovação e tecnologia para a indústria automotiva nacional.

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Cantero minimizou o fato de o governo ter sinalizado inicialmente em reduzir o IPI para quem investisse em inovação e em conteúdo nacional, mas, no fim, ter decido aumentar o imposto para quem não atender às exigências, atingindo os importadores.

Carros importados do Mercosul e do México, regiões com as quais o Brasil mantém acordo de livre comércio, não serão afetados, já que são trazidos ao Brasil por montadoras que têm fábricas aqui. De acordo com Cantero, cerca de 50% dos veículos importados pelas montadoras instaladas no Brasil vêm da Argentina ou do México.