O consórcio agrícola Monsanto, cujas sementes geneticamente modificadas levantaram muitas críticas por todo o mundo, foi escolhida como a empresa do ano de 2009 pela revista Forbes. Em sua próxima edição, que chegará às bancas em 18 de janeiro, a Forbes publica um artigo – que já pode ser consultado na internet – que qualifica esta polêmica companhia como “a empresa do ano”, por causa de seus avanços em bioengenharia, que, segundo a publicação, ajudarão a alimentar a crescente população mundial.
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O artigo acrescenta que a Monsanto conseguiu se esquivar da recessão econômica e lembra que, em seu último exercício fiscal, ganhou cerca de US$ 2,1 bilhões e faturou US$ 11,7 bilhões, o que representa um aumento médio anual de 18% em sua receita durante os últimos cinco anos.
A revista menciona os “problemas de imagem” da empresa e afirma que, “em termos econômicos, a companhia é uma vencedora”, já que “gerou muitos bilhões de dólares em valor para o mundo com suas sementes geneticamente modificadas que mantêm afastados os insetos ou faz com que a colheita seja imune aos herbicidas”.
Com um valor na bolsa de US$ 44 bilhões, a Monsanto vendeu em seu último exercício fiscal, fechado em 31 de agosto, 7,3 bilhões de sementes, frente aos 4 bilhões comercializados pela concorrente imediata, a Dupont.
– Mas as conquistas econômicas não são o mesmo que a adulação pública. Durante a maior parte do tempo que a Monsanto esteve trabalhando para alimentar melhor a humanidade, foi alvo de duras críticas – segundo a revista, que afirma que a empresa foi apresentada como “o satanás da agricultura, por se atrever a modificar os genes do milho e da soja”.
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No entanto, a “Forbes” afirma que, “com o tempo, os protestos amenizaram”, já que “não fazia sentido para um planeta com fome rejeitar ferramentas para aumentar a produtividade dos agricultores”.
O presidente-executivo da empresa, Hugh Grant, afirma, no artigo, que a nova geração de cultivos biotecnológicos irá além da mera tolerância aos herbicidas.
– Há maior demanda de alimentos do que nunca. Não há novas terras de cultivo, portanto, o modelo de negócio é proporcionar mais rendimento aos agricultores e que estes sejam recompensados por isso – explica Grant.