Monitores da Cartão Joinville fizeram um protesto na segunda-feira à tarde em frente à empresa, na rua Dona Francisca, no Centro. Com narizes de palhaço, pediram para falar com os responsáveis sobre os salários atrasados desde setembro deste ano. A única resposta que tiveram é de que todos estavam em reunião e de que na próxima segunda-feira haveria um encontro entre funcionários e administração.
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Sirlene Fonseca de Melo, 22 anos, é agente há dois anos e está trabalhando como doméstica para ter um salário nestes meses sem trabalhar e sem receber. Segundo ela, a situação se repete com outros 150 colegas. A situação é desesperadora para os funcionários que não recebem mais o salário, mas também não podem pegar outro emprego porque não houve rescisão.
_ Querem voltar ao serviço e por isso estão mantendo a gente assim. Se não pagarem, ninguém vai querer ficar_, lamenta Sirlene.
De todos os insatisfeitos, apenas 20 participaram do protesto na segunda.
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A cobrança dos salários, das férias e até de licença-maternidade já está nas mãos de um advogado. Caso a empresa não tenha dinheiro para quitar as dívidas trabalhistas, os empregados pensam em cobrar da Prefeitura de Joinville ou até do Ittran.
_Alguém vai ter que pagar_, diz a monitora.
Na empresa Cartão Joinville, a informação é de que nenhum diretor ou responsável está lá para falar sobre o assunto. O dono da empresa, Nédio Vitório, não atende as ligações.