A noite de terça-feira seria diferente e especial para a monitora de estacionamento Fernanda Mackowiecky Lopes, 28 anos, assassinada em um assalto no escritório da empresa Dom Parking, que administra a Zona Azul. A empresa fica na Alameda Governador Heriberto Hülse, em Florianópolis.
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Ela estava ansiosa para buscar uma das duas filhas e ir à Praça XV de Novembro, no centro de Florianópolis, assistir à apresentação natalina Frozen.
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Seria um momento de descontração diante dos dias de intenso movimento e trabalho na fiscalização na movimentada Zona Azul nesta época do ano.
Assim como fazia todos os dias, ao fim do expediente nas ruas, Fernanda se deslocou até o escritório da Dom Parking, na Alameda Governador Heriberto Hülse, para a checagem do turno.
Antes de sair em busca da filha para conferir ao espetáculo no Centro, acabou sendo vítima fatal de dois assaltantes.
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Colegas de Fernanda que estavam em frente à empresa a descreveram como uma funcionária exemplar, dedicada e, acima de tudo, bastante extrovertida e alegre. Ela era casada e mãe de dois filhos.
– A alegria era a cara dela. Tomamos café à tarde, conversamos bastante, estava feliz porque iria levar uma das filha ao espetáculo Frozen na Praça 15. Não dá pra acreditar – lamentava uma das funcionárias e amigas de Fernanda.
As servidoras comentaram que casos de violência são raríssimos contra os monitores em Florianópolis e assaltos praticamente nunca acontecem. A polícia deverá utilizar as gravações das câmeras de segurança do escritório para identificar os criminosos.
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Entrevista: Tenente-coronel Araújo Gomes, comandante do 4º Batalhão da PM:
Como foi esse assalto?
Araújo Gomes – Dois assaltantes entraram e renderam os funcionários da Guarda Municipal nos fundos da casa e por alguma razão que a gente ainda não sabe houve uma troca de tiros, uma funcionária acabou morta e o guarda municipal foi ferido na mão.
Ela estava na entrada do local?
Araújo Gomes – Não, bem nos fundos, na última sala. Eles entraram rendendo os funcionários, foram entrando e rendendo. Chegaram de moto e saíram correndo porque houve o tiroteio. Havia dois policiais militares mais a frente, chegaram a ver de longe eles correndo, tentaram alcançar, mas eles sumiram nesse emaranhado de prédios e ruas. Estavam sem máscaras, eram jovens e brancos.
Chegaram a levar dinheiro?
Araújo Gomes – Não conseguiram porque deu tudo errado. Fizemos um cerco de imediato, só que eles fugiram.
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Pela sua experiência são ladrões amadores?
Araújo Gomes – Na verdade esse saiu de controle. Estávamos com mais de 30 viaturas no Centro.