Formado por especialistas do Conselho da Europa, o comitê Moneyval reconheceu em um relatório “os esforços” da Santa Sé para a prevenção de delitos financeiros – informou o Vaticano, nesta quarta-feira.

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Trata-se de um passo importante para que a Santa Sé e o Vaticano sejam incluídos na lista de países considerados transparentes do ponto de vista financeiro, objetivo promovido pelo papa Francisco e por seu antecessor, Bento XVI.

Esse é o segundo relatório sobre a situação financeira do Vaticano, depois do aprovado em dezembro de 2013.

O comitê Moneyval tem a responsabilidade de avaliar as medidas adotadas contra a lavagem de dinheiro e contra o financiamento do terrorismo.

O segundo relatório ressalta “os esforços em curso para fortalecer sua estrutura institucional, jurídica e operacional”, afirmou a Santa Sé em um comunicado.

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Segundo o subsecretário para as Relações com os Estados, monsenhor Antoine Camilleri, o relatório confirma que a Santa Sé “tem um sistema operacional eficiente e sustentável para prevenir e lutar contra os delitos financeiros”.

O documento será oficialmente publicado na quinta-feira.

Uma série de escândalos financeiros por lavagem de dinheiro através do banco do Vaticano sacudiu o pontificado de Bento XVI, que renunciou em 2013.

Seu sucessor, o argentino Francisco, impulsionou o processo para a aplicação das normas internacionais no Vaticano sobre os procedimentos financeiros.

Em 2011, o Vaticano pediu ao Moneyval que avaliasse a situação financeira, o que resultou em um relatório divulgado em dezembro de 2013.

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Na ocasião, o Moneyval resultou na persistência de algumas deficiências, sobretudo, no controle das operações do Instituto para as Obras de Religião (IOR), mais conhecido como Banco do Vaticano.

A Santa Sé teve, desde então, dois anos para melhorar as medidas adotadas para aplicar as recomendações do comitê de especialistas.

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