Os ministros de Economia e os presidentes dos bancos centrais dos países do Golfo Pérsico se encontraram hoje, em Riad, em reunião extraordinária para coordenar suas políticas, diante da crise financeira mundial.
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Segundo a rede de televisão saudita Al Arabiya, os presentes concordaram em destacar a solidez da situação econômica dos países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) – integrado por Arábia Saudita, Kuwait, Catar, Omã, Emirados Árabes Unidos e Barein. Além disso, previram que suas economias seguirão crescendo e que continuarão com seu projeto de união monetária.
O ministro das Finanças da Arábia Saudita, Ibrahim bin Abdelaziz al-Asaf, citado pela agência de notícias estatal saudita “SPA”, lembrou que já apareceram indícios de recessão em países de desenvolvimento, “o que indica que isso se transformará em uma crise econômica verdadeira, que pode ter efeitos diretos e indiretos na economia dos países do Golfo”. Por este motivo, “devemos nos coordenar adotando políticas e medidas, e trocando pontos de vista”, pediu aos participantes da reunião.
Mesmo assim, o ministro se mostrou otimista sobre o futuro da economia dos países do Golfo, que previu que continuará crescendo, já que apresenta indicadores econômicos fortes, em meio a sinais de que as taxas de inflação estão diminuindo.
Nesse sentido, previu um crescimento médio de entre 4% e 6% para este ano da economia de todo o CCG, “apesar dos prognósticos de um arrefecimento mundial”.
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– Se o crescimento é baixo, será devido ao resultado da desaceleração do crescimento no setor petrolífero. Quanto aos setores não petrolíferos, espera-se que o ritmo de desenvolvimento seja maior – disse.
Segundo a rede de televisão catariana Al Jazira, o secretário-geral do CCG, Abdel-Rahman bin Hamad al-Attiyah, disse que, na reunião, foram discutidos mecanismos de coordenação e cooperação para manter o ritmo positivo do crescimento do Estados do Golfo e fortalecer a confiança em seus mercados.
Antes do início do encontro, fontes do CCG disseram à Al Jazira que a reunião tinha uma importância adicional, porque nela se tentaria reunir critérios para enfrentar a redução dos preços do petróleo que, em três meses, perdeu 50% de seu valor.
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